sábado, 22 de novembro de 2008

Mississauga

São Pedro está castigando o litoral de Santa Catarina nesse final de semana. Aliás, há tempo não pára de chover, mas nesta madrugada a coisa ficou feia, e agora muitos municípios estão em estado de emergência. A chuva não pára, as cidades estão alagadas, e a previsão do tempo não é nada animadora. Resolvemos então atender o pedido da Defesa Civil e não sair de casa nesse sábado, então não poderia haver melhor oportunidade para voltarmos a postar.

Bom, vamos voltar do ponto em que paramos: depois de uma semana em Toronto, resolvemos alugar um carro e viajar por outras cidades. No início da viagem pensávamos em passar todos os 15 dias em Toronto, pra conhecer literalmente tudo da cidade; mas mudamos de opinião especialmente depois do comment que o Cláudio deixou neste blog quando postávamos lá da casa do Gean - era um convite para irmos até Ottawa conhecer a cidade. Não tivemos dúvida.

No primeiro dia resolvemos passear por Mississauga, séria candidata a ser nosso futuro lar. Muitos brasileiros falam bem da cidade, que é conurbada a Toronto, a oeste. Nosso interesse maior é pelo fato de ser um cidade mais industrial (onde acredito ter melhor campo de trabalho), encostada em Toronto.

Seguindo pela avenida que costeia o Lago Ontário, entramos em Mississauga passeando em direção ao Square One, principal shopping center que fica bem no centro da cidade, ao lado do Centro Cívico. Numa das lojas perguntei à vendedora se ela gostava de Mississauga ou prefereria morar em Toronto. Ela respondeu assim: "depedende do que você gosta, eu gostaria de morar em Toronto porque lá é mais agitado; isso aqui é como uma vila, só que grande."

Essa foi mesmo a impressão que tivemos ao passear pela cidade, andando a esmo pelas vizinhanças. As regiões mais nobres parecem grandes condomínios fechados, com lindas casas, praças e jardins. Descendo em direção ao lago Ontário, chegamos num parque municipal muito tranquilo e agradável. Enfim, a imagem de Mississauga que ficou foi de tranquilidade, casas mais espaçosas, e Toronto logo à vista. Adoramos.
Depois de um dia explorando a cidade, tivemos alguma dificuldade para encontrar um lugar pra dormir. Estava acontecendo algum evento que simplesmente lotou os motéis próximos ao aeroporto e à highway (que pegaríamos pela manhã). Acabamos dormindo num motelzinho muito simples na Dundas St. W., e para compensar jantamos num restaurante português muito bom.

Gostamos muito de Mississauga, e agora me arrependo de não ter ido também a outras cidades vizinhas a Toronto, como Oakville e Hamilton. Certamente também têm suas qualidades...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Voltando à nossa viagem

Depois do susto com a tal carta do Consulado, e mais tranquilos em saber que nosso processo corre normalmente (a passos de cágado, mas normalmente), vamos voltar a falar sobre nossa viagem de prospecção.
Ainda sobre Toronto, não posso deixar de reafirmar que a cidade é linda. No final da primeira semana, dentre os agradáveis passeios que fizemos está harbourfront e o passeio de barco pelas ilhas. Digam a verdade, é ou não é um privilégio ver a cidade desse ângulo?

Em harbourfront alimentamos nossas alucinações quanto ao que é morar bem, para quem não dispensa uma bela paisagem. Pra quem topa morar em apartamento, não acredito que pode haver lugar mais privilegiado (e caro) em Toronto - os prédios são fantásticos e a vista para o lago Ontario é linda!

Falando em custo de moradia, é natural que em Toronto os imóveis sejam caros. E de fato são, para os nossos padrões. Para quem quer ter alguma idéia de valores de aluguel ou compra, vale a pena dar um olhada nos sites Realtor e ViewIt (dentre tantos disponíveis) - vimos várias plaquinhas desses dois nos imóveis pela cidade. Aliás, é bastante grande a oferta de apartamentos para alugar e de casas a venda.

Antes de chegarmos a harbourfront, passamos pelo Exhibition Place, uma espécie de praça que reúne centros de eventos e belos jardins. Lá também está o BMO Field, campo de futebol sede do Toronto F.C. Como se vê pela simplicidade do estádio, futebol não é lá um esporte muito apreciado por aquelas bandas...


Resolvi então matar dois coelhos com uma só cajadada: conhecer o Rogers Centre (SkyDome) e um esporte realmente admirado no Canadá, e fui assistir ao jogo de baseball entre Toronto BlueJays e Boston RedSox. Felizmente sentei do lado de um rapaz paciente que ia me explicando as regras enquanto o jogo rolava, e pude entender porque eles gostam tanto disso. É realmente um jogo interessante, e a interação com o público ao longo do vários intervalos é muito bacana. É realmente uma festa. Gente de todo tipo (jovens, idosos, crianças, mulheres) prestigiam e se divertem, sem precisar segregar a torcida visitante. Foi muito legal.

Ainda em Toronto visitamos a região das praias (acredite, parece mesmo uma praia, só que sem ondas - e sem banhistas, pelo menos nessa época do ano) e o High Park. E claro, fomos às compras! (assunto para um próximo post).

domingo, 19 de outubro de 2008

Alarme Falso

Hoje chegamos de viagem e, como de costume, fui conferir a caixa de correio a espera das contas. Ao abrir a caixinha, dei de cara com o envelope pardo do Consulado.

Decorridos cinco meses desde que mandamos os documentos, imaginem a minha euforia enquanto corria para dentro de casa chamando a Fabiana para comemorar o recebimento do pedido dos exames médicos!

Nossa euforia passou imediatamente à frustração quando abrimos o envelope. Ao invés do esperado pedido de exames médicos, uma carta questionando se permanece nossa intenção de imigrar, e informando sobre a restituição das taxas caso desistamos no prazo máximo de 60 dias.

Honestamente, não entendi a razão dessa carta nessa altura do campeonato. A carta diz ainda "when we are ready to actively begin processing your application we will contact you to request your updated information".

A frustração que havia sido euforia agora é virou preocupação. Será possível que o Consulado não tenha recebido nossos documentos?'

Estamos realmente bem confusos. Alguém já recebeu essa carta?

PS: sei que estamos devendo mais posts sobre a viagem. Vamos fazê-los, assim que entendermos o que está acontecendo...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Sobre Toronto

Vamos começar a falar sobre a nossa viagem comentando sobre Toronto, onde ficamos por uma semana, e que sempre foi, na nossa idéia, o destino escolhido para começarmos nossa vida no Canadá.

Essa idéia tem origem num raciocínio bem básico: é mais fácil encontrar boas oportunidades onde as coisas acontecem. Penso que é natural procurarmos uma cidade grande, cosmopolita, com boa infra-estrutura e muitos serviços de apoio ao imigrante.

O tempo que passamos pela cidade ajudou a reforçar essa imagem. Toronto é linda, movimentada, pujante. É uma metrópole com todos os seus atrativos - e defeitos.

Como pontos positivos em Toronto, sem dúvida está a sua infra-estrutura, transporte público, opções de entretenimento, beleza das centenas de parques e praças, e toda a sua importância econômica (leia-se oportunidades).

Se estamos pesquisando, vamos também falar um pouco daquilo que podemos chamar de defeitos da cidade:

1) trânsito - dirigir em Toronto é tão irritante quanto em qualquer grande cidade brasileira. Com algumas importantes diferenças: poucos acidentes, boas condições das vias públicas (exceto as que estão em obras), cortesia (geralmente) com os demais motoristas e, principalmente, respeito absoluto ao pedestre. Agora, qualquer deslocamento de carro que não seja pelas highways (que, a propósito, estão geralmente congestionadas nos horários de pico) é muito moroso. Em todo semáforo, a fila da esquerda pára porque um carro quer virar à esquerda e tem de esperar os que vem em sentido contrário passarem; já a fila da direita pára porque alguém quer virar à direita e espera antes os pedestres atravessarem.

Em contrapartida, o transporte público é muito bom (pelo menos no centro expandido), e o único defeito é a sujeira que as pessoas deixam dentro dos ônibus e metrô - de certa forma é frustrante, para quem alimenta a idéia de que o povo é um exemplo de educação.

2) violência - nada que se compare ao que assistimos inertes diariamente nas grandes cidades brasileiras, mas Toronto é uma cidade violenta para os padrões canadenses. Nos primeiros dias em que estávamos em Toronto, a televisão noticiava exaustivamente um tiroteio numa escola em Scarborough. É uma evidente preocupação das autoridades a questão das brigas entre gangues. Enfim, não se anda pelas ruas com medo de sequestros-relâmpago, mas também não é aquele absoluto mar de rosas.

Outra coisa que nos chamou atenção em Toronto foi ver, por algumas vezes, pessoas pedindo dinheiro na rua (também não se compara com a nossa realidade, mas tem sim pedinte)

3) diferenças étnicas - numa cidade que reúne imigrantes de tantas nacionalidades, o multiculturalismo é inclusive uma atração. De fato é muito interessante perceber como gente de com tantas diferenças (crenças, hábitos etc.) convivam pacificamente. Para quem está lá a turismo, é fantástico. Mas para se viver, é preciso estar preparado para conviver com toda a diversidade que se vai encontrar exaustiva e permanentemente - não sei se isso é um "defeito" da cidade, mas é importante estar disposto a conviver nesse ambiente multicultural. Chineses, indianos, portugueses, paquistaneses, coreanos, jamaicanos, cada povo tem os seus hábitos e valores quanto a higiene, relações interpessoais, alimentação, exposição pessoal, etc. Não dá pra ignorar essas diferenças, eles estão por todo lado. Isso incomoda? Depende de como cada um reage, e eu não estou falando de racismo.

Aliás, devo aqui abrir um parentêses para falar de racismo - sabe aquele clima de negros x brancos dos filmes americanos, especialmente aqueles com rappers? Passar por um bairro de negros me lembrou muito esse clima, algo que não temos no Brasil. Eu e a Fabiana somos brancos, e ao passar pela rua a grande maioria dos negros naquela região (é bom que se frise) nos olhavam com firmeza, filmando de cima a baixo, encarando mesmo. Ninguém mexe com você, mas é evidente a mensagem de que você não está agradando.

Voltando a como cada um reage diante das diferenças, isso é realmente muito pessoal. Por exemplo, há quem prefira não trabalhar para cuidar dos filhos, ao invés de deixá-los num day care sob os cuidados de um árabe (por exemplo), com receio de que as crianças acabem sendo "aculturadas".

É bem verdade também que essa questão do contato com outras culturas não é exclusividade de Toronto - em praticamente todo o país isso é marcante. Mas é inegável que em Toronto essa miscigenação é maior, mais evidente.

Apesar desse post ter dito muito sobre os "defeitos" da cidade, é preciso dizer, para concluir, que nós gostamos muito de Toronto. Ao final da nossa viagem, quando dirigíamos voltando de Quebec City, tínhamos aquela sensação gostosa de estar indo "pra casa".

É estranho, mas realmente nos sentíamos assim. Certamente contribuiu para essa sensação a boa experiência que foi a nossa estada em Toronto, na casa do Gean. Nós adoramos.

Trocando Moeda III

Antes de começar a falar sobre os detalhes da viagem, não posso deixar de falar de dinheiro - é o assunto do momento, com toda essa crise mundial...

Bom, é sempre uma alegria incomensurável conferir a cotação do dólar enquanto aguardo ansiosamente pela fatura do cartão de crédito com grande parte das contas da viagem... imaginem a minha satisfação!

Deixando a choradeira de lá, quero deixar um depoimento sobre o Visa Travel Money, o cartão de débito pré-pago que conhecemos por intermédio do comment da Luciane no primeiro post sobre o tema "Trocando Moeda". Foi realmente uma ótima ferramenta.

Não tivemos dificuldades encontrar ATMs para sacar cash, e em muitas ocasiões o usamos como um cartão de crédito. Não poderia ser mais fácil, e com o atrativo de não ficarmos expostos à variação cambial.

Enfim, Luciane, valeu a dica!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

De volta ao Brasil

Pois é... já chegamos de volta ao Brasil!

Durante nosso passeio, foram poucas as oportunidades (tempo e disposição) para postar, por isso temos muito o que escrever, e vamos fazê-lo em diversos posts, cada qual com seu tema.

Apenas um overview da nossa viagem: depois de uma semana em Toronto, muito bem hospedados na casa do Gean, alugamos um carro e fomos conhecer outras cidades: Mississauga, Ottawa, Montreal e Quebec. Rodamos 2.200 km, fizemos novas amizades, e aproveitamos bastante as lindas paisagens e as experiências que pudemos ter.

Foi realmente ótimo. Fisicamente, ficamos esgotados, de tanto perambular. Mas nada como uma boa viagem de férias para desligar a cabeça das preocupações mundanas, não é mesmo?

Como viagem de prospecção, acho que foi também muito válido. Conversamos com muitos brasileiros com suas diferentes histórias de imigração, e tivemos o tempo para nos encantar e desencantar com as cidades canadenses, para termos uma percepção desapaixonada do que nos reserva o futuro no Canadá.

Como qualquer lugar do mundo, cada cidade/país tem as suas qualidades e defeitos. Um erro muito comum dos candidatos a imigração é imaginar que o destino escolhido é o paraíso na terra. As cidades canadenses também têm seu problemas, e não estou me referindo ao inverno rigoroso. Vamos falar de nossas impressões de cada cidade nos próximos posts.

Ao final da viagem, continuamos firmes no propósito de imigrar, e ainda mais certos de que será uma experiência incrível nas nossas vidas.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Mais sobre nossa viagem...

Na terça feira fomos visitar a CN Tower e ver Toronto de cima. Assim como quando vimos a cidade pela janelinha do avião, pudemos perceber o quanto há de verde por toda Toronto. Realmente é tudo bem arborizado, com lindos jardins e bastantes parques.












Como em toda metrópole, também são impressionantes os arranha-céus. Do alto da torre a gente tem uma idéia muito legal da magnitude de alguns edifícios, pois muitos que nos pareciam enormes quando vistos da calçada ficam pequeninhos ao lado de majestosos prédios do centro financeiro.
Linda também é a vista do Lago Ontario lá de cima, e a região do Harbourfront (hotéis, restaurantes, condomínios, marinas etc. que ficam à margem do lago).



Depois da almoçar na torre fomos até o Eaton Centre, Court House (Old City Hall) e o City Hall (prefeitura).


Ontem, quarta-feira, fomos a Niagara Falls. Um belo passeio. Há realmente muita coisa linda para se ver no caminho até as quedas, mas infelizmente as paradas da excursão eram poucas e muito curtas, pois um dia só é realmente pouco para aproveitar tudo o que a região oferece. As cataratas, em si, apesar de serem um cenário muito lindo, não se comparam à magnitude das de Foz de Iguaçú - mas todo a estrutura turística de Niagara é muito mais atraente e majestosa.










Esse passeio em excursão tem seus defeitos, como as constantes piadas sem graça do guia e as curtíssimas paradas, mas por outro lado é interessante pelas informações que nos dão e pelas pessoas que conhecemos no grupo. O guia falou-nos muito sobre a história do Canadá, de Ontário e de Niagara - particularmente, acho que esse tipo de informação histórica é essencial em turismo.

Logo na primeira parada da excursão conhecemos Silvia e Alberto, um casal de espanhóis recém casados que não falam inglês. Como eles tinham dificuldade de entender o que estava acontecendo, ficaram muito felizes com meu parco castellano, e dali pra frente ficamos juntos até o final do passeio.
No trajeto de ida e volta a Niagara, me chamou a atenção a quantidade de indústrias instaladas às margens da highway em Missisauga, Hamilton e Oakville. Na volta, paramos numa vinícola do Dan Arkroid (aquele ator dos Caça-Fantasmas) para degustação, mas não gostamos dos vinhos.

Voltando à história, hoje fomos à Casa Loma, uma mansão em forma de castelo construída entre 1911-1914 por um grande capitalista e industrial de Toronto, talvez o maior de sua história. Bem sucedido corretor de valores, foi o empreendedor que trouxe eletricidade a Toronto, pouco após a invenção da lâmpada. Depois criou também a companhia de geração de energia construindo a hidrelétrica em Niagara Falls que havíamos visitado. Militar de alta patente a serviço da coroa britânica, gastou grande fortuna na construção do casarão que, na sua pretensão, um dia receberia a Família Real. Infelizmente o final da história não é nada glorioso - a Família Real nunca veio, Sir Henry Pellatt ficou viúvo e foi à ruína com a estatização das empresas de eletricidade e a quebra da bolsa em 1929, tendo de abandonar o casarão e leiloar todos os bens e obras de arte que havia reunido, e morreu por fim pobre e solitário.


Depois da Casa Loma fomos almoçar em Chinatown (onde ninguém sabe o que é "Yakisoba", para desespero dos clientes do ChinaInBox) e passeamos pela Universidade de Toronto e pelos belos jardins do Palácio Legislativo de Ontario.


Nas andanças de hoje percebemos os streetcars, bondes elétricos integrados à rede de ônibus e metrô da TTC, que circulam em algumas importantes avenidas pelo centro da cidade. Mais pontos para o transporte público de Toronto!





Toronto - primeiras impressões

Chegamos em Toronto na segunda-feira, e só agora estamos postando - o que nos dá muuuuito assunto sobre o que falar. Vamos fazer isso em posts curtos, na medida em que encontremos tempo (e disposição) para escrever...


Pra começar, vamos falar da chegada ao país. Nosso avião aterrizou em Pearson às 7:20 da manhã, depois de um vôo nada confortável (apesar do bom serviço e entretenimento a bordo) praticamente sem dormir.



Depois de muitas perguntas dos oficiais de imigração (até de forma deselegante), tomamos um taxi ($50) e chegamos à casa do Gean (http://www.vouprocanada.com/) às 8:30am. Gean e sua esposa são muito amáveis e atenciosos, realmente recomendo a quem vier conhecer a cidade.

Como não havíamos conseguido dormir no vôo, logo após conhecermos os anfitriões fomos pra cama, e saímos no início da tarde para comer. Nessa região é muito grande o número de portugueses, e há poucas quadras da casa do Gean paramos em uma padaria portuguesa, onde acabamos conhecendo Paulo e Cristiane, um casal de gaúchos que vive em Mississauga há alguns anos. Foi muito legal!

Desde que comecei a pesquisar sobre a vida no Canada, Mississauga me pareceu uma opção interessante. O Paulo falou muito bem de Mississauga, observando Toronto é uma metrópole com todos os problemas de uma metrópole, ainda que numa dimensão muitíssimo menor que São Paulo. Vamos falar mais sobre as nossas primeiras impressões sobre Toronto (no sábado vamos conhecer Mississauga, daí poderemos falar com mais propriedade sobre a cidade).

Por enquanto só andamos em poucos bairros e em Downtown, por isso nossa visão pode ser ainda limitada. Mas vamos lá:

- transporte público: muito bom. Estamos usando muito ônibus e metrô, e não há do que reclamar. Por $32.25 compramos o weekly pass, com o qual usamos livremente a rede da TTC. As pessoas podem entrar no metro com bike, o que eu ainda não tinha visto.

- limpeza e organização: a cidade é bem organizada, mas no aspecto limpeza confesso que os bairros não são o primor que imaginávamos. Já downtown é muito limpa e encantadora. Em toda a cidade, o que é muito marcante também são as muitas lixeiras para recicláveis, e o clima de responsabilidade ambiental estampado em anúncios por toda a cidade.

- coisas que estão em toda parte por onde passamos: orientais, TimHortons, Mazda (impressionante a quantidade de Mazdas circulando aqui).

- multiculturalidade: de fato é marca da cidade. É muito explícita a forte presença de diversas etnias - chineses, indianos, paquistaneses, portugueses, jamaicanos, italianos, russos, etc. Falam-se muitas línguas em Toronto, e mais variados ainda são os sotaques no inglês.

- preços: eletroeletrônicos são bem mais baratos que no Brasil (algo com metade do preço). Refeições e roupas não são tão baratos. Para ilustrar: ontem comprei um jeans básico Levi's por $50; hoje jantamos um combinado de sushi & sashimi num restaurante legal em downtown por $70; ontem jantamos num italiano fora do centro (eu comi um bife parmeggiana com penne pomodoro, e a Fabiana somente uma Cesar salad) com $30.

Algo curioso: na segunda-feira fomos resolvemos fazer um jantar em casa com o Gean e sua esposa, e fomos a um mercado (NoFrills) aqui perto para comprar os ingredientes. Me chamou atenção um amontoado de caixas de papelão (dessas em que eles recebem os produtos) no corredor de saída, bem à vista de todos os clientes. Fiquei até um pouco incomodado com aquilo.

Ao passar pelo caixa, entendi o por quê daquilo: ao encostar nas sacolas plásticas que eu pretendia usar para embalar minhas compras, fui advertido pela caixa de que eu teria de pagar pelas sacolas. Já todas aquelas caixas de papelão amontoadas estavam a disposição. Ou seja, reduz-se o consumo de sacolas plásticas pelo aproveitamento das caixas de papelão, que a propósito são bem mais adequadas para acomodar as compras no porta-malas do carro. Inteligente, não?

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Trocando Moeda II

Graças ao comment da Luciane, conhecemos o Visa Travel Money (VTM).
Agradeço à Luciane e aos demais amigos que contribuíram com seus pitacos.

Realmente o VTM me pareceu a melhor opção, pela segurança e praticidade. Todas as casas de câmbio que consultei trabalham com essa solução, é realmente muito fácil e rápido. E, ainda por cima, a taxa de câmbio para carregar o cartão é melhor que para trocar dinheiro em espécie.

Aparentemente, o único inconveniente é uma taxa de U$2,50 por saque de cash, considerando que há um limite de saque diário.

Bom, até agora me pareceu muito bom. Vejamos como será a facilidade em encontrar ATMs para sacar por lá. Por via das dúvidas, estou levando algum dinheiro em espécie (dólares americanos), só por precaução.

Embarcamos para Toronto no domingo, então amanhã estaremos dedicados aos últimos preparativos da viagem.

sábado, 6 de setembro de 2008

Trocando Moeda

Estamos em preparativos para nossa viagem de prospecção, e fiquei com uma dúvida quanto a melhor forma de trocar moeda.

Procurei uma renomada casa de câmbio da cidade para verificar se eles dispunham de doláres canadenses, e me informaram que não tinham naquele momento, mas que com uma "reserva" de dois dias de antecedência conseguiriam a quantia que eu quisesse.

Como preços sobem sempre que a demanda é maior que a oferta, perguntei a que taxa de câmbio eles me venderiam os dólares canadenses já esperando algum ágio em relação à cotação oficial. Contra uma cotação oficial de R$1,63, eles me ofereceram a R$1,84 - um ágio de quase 13%.

Diante disso, estou pensando seriamente em levar dólares americanos, e trocar quando chegarmos ao aeroporto em Toronto por dólares canadenses (imagino que haja uma agência de câmbio no aeroporto).

Alguém já fez isso?

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Mais sobre histórico de crédito

Essa questão é realmente importante e interessante. Pesquisando sobre o tema a gente se depara com todo tipo de informação e testemunho, e é difícil saber o que é verdade e o que é mera especulação.

No post anterior apareceram vários comments legais, com dicas e questionamentos que vale a pena explorar mais... vamos lá:

A Elaine, que descobri ser minha conterrânea e que já mora em Toronto, fez questionamentos quanto às vantagens de se abrir uma conta (e deixar dinheiro parado lá) no Canadá para a formação do histórico de crédito; e perguntou também por que se fala tanto no HSBC, já que o banco não tem muitas agências em Toronto.

A idéia de abrir uma conta lá tem por objetivo, na verdade, facilitar a obtenção de um cartão de crédito internacional que já possamos ir usando (e pagando por débito automático na conta corrente canadense) para construir o histórico. De fato, ter uma conta é um requisito que eu imagino existir, mas caso haja uma alternativa para conseguir um cartão de crédito canadense sem ter conta bancária, ótimo! (existe essa opção?)

Quanto ao HSBC, a razão de muitos candidatos a imigração (como a Mariana) buscarem abrir conta nesse banco é que, segundo as informações que circulam nas rodas de discussão sobre imigração, o HSBC "transfere" seu histórico bancário Premier (só quem tem conta Premier) para qualquer conta Premier aberta em qualquer agência HSBC do mundo.

Ainda pelo que li nos posts da Mariana e da Camila, tendo conta no Premier aqui você consegue abrir desde já um conta Premier lá, com direito a cartão de crédito. Por isso, parece uma boa alternativa...

Particularmente, não lembro de ter visto um testemunho de alguém que já completou o processo de imigração (já settled) que tenha se utilizado do HSBC para criar histórico de crédito. Espero contar com a experiência que estão vivendo a Mariana e a Camila (cliquem para ler os posts delas sobre isso) quando elas sentirem-se aptas a emitir juízo de valor.

Já para a pergunta do Ross, sobre como se comprova fundos no landing, eu não tenho a mais pálida idéia. Quem puder ajudar, por favor escreva...

Pra encerrar esse post: a Elaine indicou o link da Financial Consumer Agency of Canada, onde há bastante informação sobre crédito e serviços financeiros para pessoas e empresas. Vale a pena a visita.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Criando histórico de crédito canadense

Como já mencionei, faremos uma viagem de prospecção a Toronto em Setembro. Compradas as passagens e acertada a questão da hospedagem (vamos ficar na casa do Gean, do VouproCanada.com), continuamos planejando a viagem, pensando nas coisas que queremos fazer por lá.

Uma coisa que eu gostaria de fazer, o quanto antes, é construir um histórico de crédito canadense. Se for possível abrir uma conta em banco lá e conseguir um cartão de crédito internacional, é o melhor dos cenários. Queremos aproveitar nossa passagem por lá para verificar se isso é possível - ok, sabemos que o HSBC Premier é o que todo mundo indica, mas sabe lá... já que estaremos em Toronto, vamos verificar.

Há alguns meses um amigo participou de um evento em São Paulo promovido pela província de Ontario para atrair imigrantes investidores e empresários, e lá conheceu uma indiana que é diretora do programa de imigrantes investidores do Royal Bank of Canada, e me fez a gentileza de passar o contato.

Escrevi para ela perguntando sobre a possibilidade de abrir uma conta mesmo morando no Brasil, e ela prontamente respondeu que poderia abrir uma conta pra mim imediatamente, e me dar um cartão de crédito internacional. Basta fazer uma aplicação de 100 mil dólares lá com eles! Fácil né...

Se você (como eu) não tem esse dinheiro todo pra deixar parado lá, não tem problema, ainda assim tudo é possível se você depositar uma quantia razoável - mas há uma taxinha mensal de 100 dolares para manutenção da conta.

Achei um pouco salgado demais, prefiro esperar um pouco e verificar in loco se há outras alternativas.

Se alguém achar que vale a pena pagar a taxinha mensal, ou ainda tiver a sorte de dispor dos C$100k para aplicar, e tiver interesse em abrir conta no Royal Bank, fica a dica.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O que houve com o e-group do Yahoo?

Para minha surpresa, desde ontem não recebo uma só mensagem do grupo de discussão do YahooGroups.

Pensei que por algum motivo eu tivesse sido expulso do grupo, mas ao procurar pelo grupo no site do YahooGroups, me deparei com a mensagem "Group not found". Aparentemente, como diz a mesma caixa de diálogo, "the group may no longer exist". Se é isso mesmo, é uma pena.

Foi pelos e-mails do grupo que recebi uma boa dica para a nossa viagem, quanto ao seguro saúde.

Já estava prestes a contratar com a GTA, quando vi uma mensagem que lembrava que cartões de crédito internacionais geralmente oferecem assistência aos clientes quando as passagens são pagas com o cartão. De fato, meu cartão do Bradesco oferece esse serviço, e mais alguns outros (seguro de carro locado no exterior, etc.) que podem fazer valer a famigerada anuidade.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Compramos as passagens

Hoje compramos as passagens para a viagem que faremos a Toronto em Setembro. Acabamos optando pela AirCanada, em vôo direto Guarulhos-Pearson, por R$2360,14 cada, no câmbio de hoje.

Houve um fato curioso que pode ser útil registrar: quando você vai comprar as passagens pelo site da AirCanada, você deve informar o país de residência, e o Brasil não está na lista para seleção. Então, você marca "Other", e aparece uma mensagem dizendo que não é possível comprar tickets on-line da companhia no seu país, o que é bastante frustrante. O meu impulso foi ir correndo pra uma agência de turismo, e pagar mais caro pra ter logo as passagens em mãos. Por conta da significativa diferença entre o que vi na Internet e o que me ofereceu a agência, achei melhor verificar com mais calma essa limitação, para entender por que eu teria de ser refém das agências.

Na verdade, se você ler com calma aquela mensagem que o site exibe, ele apresenta um link para um índice de centros de serviço ao redor do mundo. Aqui no Brasil, você pode comprar diretamente da AirCanada por telefone, no (11) 3254-6630. É bastante fácil, pelo mesmo preço da Internet.

Bom, agora que temos as passagens em mãos, vamos nos dedicar a decidir onde ficar. Vou começar também a procurar um seguro saúde, e se alguém tiver qualquer sugestão (para ambos os temas), por favor deixe um comment pra nós.

Ah, faltou comentar que a Fabiana, que ainda não fala inglês, começou um curso intensivo no nível básico. A intenção é que até Setembro ela possa ter alguma noção para poder praticar alguma comunicação, ainda que bem limitada, quando estivermos por lá.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Vistos em Mãos! (de Turismo...)

Hoje recebemos os passaportes com os vistos de turismo que solicitamos na semana passada, para que possamos fazer nossa viagem de prospecção.

Agora é comprar as passagens e começar a planejar os detalhes da viagem, para que seja, além de um belo passeio, uma oportunidade bem explorada para tirar dúvidas, conhecer gente, lugares e instituições; enfim, de reunir toda a informação que ajude a decidir onde exatamente vamos morar, e também possa facilitar nossa integração ao mercado e à sociedade.

Com relação às passagens, pelo visto a melhor alternativa é mesmo a Air Canada... se alguém tiver outra sugestão, por favor nos avise!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Viagem de Prospecção

Nessa etapa do processo, em que tudo o que fazemos e esperar ansiosamente enquanto recebemos com alegria as notícias dos progressos nos processos dos amigos que temos feito pelo YahooGroups e nos blogs por aí afora, dá um certo desânimo em escrever porque parece que não temos muito assunto.

Felizmente, temos um novo topic para abordar, e começar a coletar contribuições: estamos planejando uma viagem de prospecção a Ontario em setembro.

Mas antes de falarmos do que interessa, aproveito pra tentar esclarecer uma dúvida: enviamos os documentos para o Consulado em maio, e até agora não recebemos nenhuma manifestação confirmando o recebimento do nosso envelope. Isso é assim mesmo? Se alguém puder ajudar, por favor deixe um comment.

Voltando ao topic: estamos planejando uma viagem para setembro, e ficarei grato se alguém puder nos dar algumas dicas...

Na semana passada fizemos a solicitação dos vistos de turista, e estamos aguardando o retorno do Consulado para comprar as passagens. Até agora, o que encontrei de mais atrativo foi pela AirCanada, a C$1,511.60 (com as taxas inclusas) por pessoa.

Quanto a hospedagem, estou pesquisando algumas opções, e me pareceu interessante um hostel chamado Canadiana. Se alguém tiver referências desse lugar ou qualquer outra indicação, por favor compartilhe conosco!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Documentos enviados!



Na última quinta-feira (15/05) finalmente enviamos os documentos para o Consulado. Foram 57 dias desde que recebemos o pedido...

Juntamos toda a documentação em 6 envelopes plásticos (daqueles que se usa em fichários para arquivar folhas soltas), separados pela natureza do conteúdo: formulários, documentos civis, educação, experiência profissional, comprovantes de fundos, outros documentos, e evidências da nossa união estável.

De tudo o que reunimos, dois desses envelopes merecem alguns registros:

- Proof of funds: esse foi o que mais atrasou, pois eu contava com um bom dinheiro do PLR do ano passado, e demorou pra eu receber. Além disso, incluímos nossos dois carros como patrimônio, e um deles ainda estava alienado (depois de quitarmos, o Detran levou quase duas semanas para emitir novo documento constando "Sem restrições"). Enfim, comprovamos ter em dinheiro (poupança, fundos de investimento, e ações) pouco mais que o mínimo exigido, e mais os carros como patrimônio. Não sabíamos como valorizar os carros, então enviamos cópias dos documentos com a impressão da consulta da Tabela FIPE do próprio site da FIPE. Espero que aceitem...



- Common-Law relantionship evidence: isso era algo que de certa forma me preocupa, pois não temos conta conjunta, nem financiamentos em conjunto, nem bens comuns - nem correspondências antigas no mesmo endereço nós temos! Além do formulário solicitado, encaminhamos nossa declaração de união estavel feita em cartório; uma declaração do proprietário do apartamento que aluguei quando fomos morar juntos; recibo de despesas médicas em meu favor referenciando tratamento para a Fabiana; contrato de telefone celular num "Plano Família"; nota fiscal de hotel em que ficamos durante uma viagem a Argentina acompanhado de um CD com fotos da viagem, e também de outras viagens em diferentes datas.

Bem, enquanto reuníamos os documentos e preenchíamos os formulários, uma série de pequenas dúvidas me ocorreram. Acho que é normal. Aquelas que eu considerei dignas de esclarecimento, perguntei bem objetivamente à Maria João, que sempre respondeu de forma ainda mais objetiva. As dúvidas menores, simplesmente segui o bom senso e os relatos de quem já passou por essa etapa.

Espero que dê tudo certo.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Esclarecimento oficial

Em meio a essas dúvidas quanto às exigências sobre a documentação, e apesar das valiosas dicas dos amigos que deixaram comments sobre esse assunto, resolvi questionar a Maria João para obter uma resposta oficial:

Prezada Maria João,

Estamos no processo federal simplificado, skilled worker, file number xxxxxxxx, e recentemente recebemos o pedido dos documentos.

O e-mail que recebemos pedindo os documentos apresenta um link para um site onde estão disponíveis os formulários a serem preenchidos. Gostaria de esclarecer algumas dúvidas:

No final do site indicado para baixar os formulários que devem ser preenchidos nessa etapa, encontra-se um documento de instruções específicas do escritório de São Paulo (Appendix A, B, C, D), com instruções contrastantes com as do e-mail que recebemos quanto à documentação.

a) o Appendix A (CheckList) diz que todos os documentos devem ser cópia autenticada (exceto antecedentes criminais, que serão originais) e precisam ser traduzidos (tradução juramentada). Já o e-mail que recebemos pedia cópias simples, a não ser que especificado o contrário. Por gentileza, quais os documentos que efetivamente devem ter cópia autenticada em cartório, e quais precisam de tradução juramentada?

b) o Appendix A diz que os históricos escolares (trancripts) devem ser enviados em envelopes selados pela universidade. Isso procede, ou bastam cópias simples (ou ainda autenticadas) dos originais que já tenho?

c) eu sou aplicante principal, e vivo em união estável com minha companheira. Ao preencher o form IMM 5409, o box 5 pede assinatura de um Commissioner of Oaths. Entendi que precisamos da assinatura de um tabelião nesse documento, mas tenho receio de que o cartório aqui não registre documentos em idiomas que não o português. Como devo proceder?

Desde já, agradeço muito a atenção e ajuda.

Grato,

Eis a resposta:

Sr. Márcio:

Aceitamos os documentos em cópias simples em português sem tradução. O formulário IMM5409 é só assinar, não precisa ser em cartório.


Obrigada,
Maria João Guimarães

segunda-feira, 24 de março de 2008

Dúvida: as instruções do Anexo 1...

Em primeiro lugar, muito obrigado à Gabi, Marilena e Camila pelos comments sobre o post anterior. Como a Camila transcreveu a resposta da Maria João (Consulado) sobre a mesma pergunta, considero esse assunto encerrado. Vamos seguir rigorosamente as claras instruções dela (vide comments).

Como conclusão, me parece que realmente essa etapa do processo simplificado nada mais é que o próprio processo regular. Assim, começo a dar um pouco mais de crédito para o tal Guide disponível naquela página onde estão os forms. Lá, há a menção aos "Anexos", com instruções específicas de cada escritório de vistos canadense no mundo.

Surgem aí, algumas outras dúvidas... o "Appendix A" (São Paulo) apresenta uma série de exigências quanto à documentação, em total contraste com o e-mail que recebemos. Vejam só o que diz o Appendix A:

"Send notarized photocopies of all documents except the police certificates, which must be
originals. If your documents are not in English or French, send a notarized (certified) translation with a copy of the originals."


Ora, é totalmente oposto ao que dizia o e-mail: "For all documents please provide uncertified photocopies unless specified otherwise."

Afinal de contas, é tudo cópia autenticada ou não?
Tudo tem mesmo de ter tradução juramentada? Lembro de ter lido diversas vezes na lista do Yahoo que isso é desnecessário, mas não lembro de nada oficial a esse respeito...

Outra coisa intrigante que consta no Appendix A: histórico escolar em envelopes lacrados pela universidade. Isso é mesmo necessário?

Quem puder contribuir, por favor deixe um comment para nós...

domingo, 23 de março de 2008

Dúvida: Immigration Forms

Logo no primeiro item da carta do Consulado, temos algumas dúvidas quanto aos formulários exigidos.

Primeiro, acreditamos que o e-mail do Consulado contenha um erro de digitação. A carta pede "an updated application form (IMM008)", porém esse código de formulário não existe no local indicado - note que falta um zero para o formulário IMM0008, esse sim disponível lá.

Lendo os formulários e o Guide disponíveis no site direcionado pelo link no e-mail do Consulado, concluímos que o tal IMM0008 é o application form preenchido apenas pelo aplicante principal, mas que contém anexos (Schedule 1, Background/Declaration; e Schedule 3, Economic Classes - Federal Skilled Workers) a serem preenchidos também pelo cônjuge/filhos.

Surge aí uma primeira dúvida: o Guide diz que deve ser enviado o Schedule 3, formulário onde se declara o histórico profissional e informações sobre proficiência na língua (inclusive pelo conjuge). Já o e-mail do Consulado não pede esse formulário.

Bem, percebi que o site com formulários para o qual o link da carta do Consulado nos leva, e onde está o tal Guide, tem por título o seguinte: "Skilled workers and professionals: How to apply—Regular application process". Grifamos esse Regular, porque o nosso processo é o Simplified. Assim, me parece que toda essa documentação ali disponível pode estar defasada, e muita coisa do tal Guide mereça ser desconsiderada.

Observando com cuidado o próprio formulário IMM0008 ali disponível, e comparando com o enviado para a abertura do processo (que também é IMM0008), percebi no rodapé que esse (enviado para abertura do processo) é de 05-2006, enquanto aquele disponível no tal site é de 06-2002.

Pior: esse de 05-2006 diz logo embaixo "Skilled Worker", e aquele de 06-2002 diz "Generic".

Em resumo, estou bastante confuso. Não sei se houve algum engano no link no e-mail do Consulado (afinal, se há um erro de digitação, por que não poderia haver um erro no link?), ou se querem mesmo que agora preenchamos os formulários do processo regular.

Nessa segunda hipótese, penso que o melhor mesmo é preencher também o tal Schedule 3. O máximo que pode acontecer é o Consulado descartar esse formulário.

As primeiras dúvidas...

Inicialmente, Feliz Páscoa a todos!

Bem, começamos a analisar com um pouco mais de calma o e-mail do Consulado, e logo surgiram diversas dúvidas que vou passar a compartilhar aqui.

Espero que os amigos que acompanham esse blog possam colaborar com respostas que já tenham tido do Consulado sobre essas questões (algumas delas certamente foram também suas dúvidas), ou mesmo dizendo como agiram com relação a cada uma delas.

Para tal, vou separar as dúvidas em posts distintos. Assim, quem puder fazer a gentileza de contribuir conosco, pode deixar um comment para cada topic.

Desde já, nosso muito obrigado a todos que puderem contribuir!

quinta-feira, 20 de março de 2008

Transcrição do Pedido de Documentos

Para que aqueles que aguardam a famosa cartinha (que, ao menos para nós, foi substituída por um simples e festejado e-mail), e para que sirva também de guia para as dúvidas que registrarmos aqui doravante, decidimos transcrever o conteúdo:

Dear Sir/Madam,

This is the Canadian Consulate General, Visa Section in São Paulo and this refers to your application for permanent residence in Canada.

Our office is now ready to assess your file, therefore we are sending you a complete list of the required documents. Please note that you have 4 months to prepare and submit the supporting documentation. Documents must be submitted in a single package mailed or delivered to the address indicated below. Do not submit any documents until you have prepared the entire package. Please make sure to refer to your "B" file number given to you with the "Acknowledgement of receipt letter" when submitting documents or communicating with us.

Immigration Forms

An updated application form (IMM008) for yourself, your spouse, and each of your children of 18 years and over. These forms are available here
- Application for Permanent Residence in Canada ( IMM0008) for principal applicant only
- Schedule 1, Background Declaration (IMM0008)
- Additional Family Information form (IMM5406)
- If you are in common-law union, please fill-out the form Statutory Declaration of common-law union (IMM5409), available here


Civil Documents

The following documents will be required, if applicable, for yourself, your spouse, and for each of your dependent children;

- Birth certificates
- Marriage certificates
- Divorce certificates
- Child custodianship/guardianship
- Adoption decrees
- Death certificates in the case of widow/widower


Education

The following documents are required, as applicable, for yourself, your spouse, and for each of your dependent children over age 22.

- Official transcript(s) for secondary and post-secondary courses.
- Diploma(s) for secondary and post-secondary courses, e.g. Technical/Bachelor/Masters/Doctorate


Work History (work experience for the last ten years)

- Employment contract, work booklet.
- Last three pay slips issued by your present employer.
- Employment reference letter indicating your position, duration of employment and duties.

If you are self-employed, you must provide:
- Copies of business registration.
- Proof of business conducted with clients, such as invoices/bills.
- Balance sheets.
- Income tax returns.
- Proof of your license to practice (if you are a private practitioner)


Proof of Funds

- Bank statements.
- Income Tax declaration.
- Fixed deposit receipts.
- Securities (shares, debentures, bonds)


Other Documents

- Authorized language test results (IELTS, TEF) or a written submission providing evidence of your stated language ability.
- Passport photocopies.
- Proof of relationship to your relative in Canada. (Self-sworn affidavits do not constitute satisfactory proof of relationship.)
- Recent original Police Clearance Certificates for you or your dependents aged 18 years and above, issued by the police authorities for each country, including Canada, in which you or your dependants have resided for six months or more since you turned 18 years.
- Photographs as per specifications available on link below, height and eye colour information for principal applicant and all dependents.

Information on how to obtain the Police Clearance Certificates is available here
For the Royal Canadian Mounted Police Certificate please refer here

Additional documentation may be required if deemed necessary. For all documents please provide uncertified photocopies unless specified otherwise.

Should you require further information regarding the above documents, you may consult here

quarta-feira, 19 de março de 2008

Chegou o pedido de documentos!

Hoje recebemos, por e-mail, o aguardado pedido de documentos!

Foram 6 meses de espera, para registro do nosso timeline. Ao longo desse tempo, fomos providenciando parte da documentação, e agora é pra valer - temos 4 meses para enviar tudo, mas esperamos fazê-lo em menos tempo.

Agora, certamente voltaremos a postar aqui no blog com maior frequência, já que novas dúvidas sobre o processo vão surgir, demandando mais pesquisa e merecendo mais registros.

Amanhã voltamos a postar sobre esse topic, transcrevendo a carta e compartilhando mais comentários.