quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Mais sobre nossa viagem...

Na terça feira fomos visitar a CN Tower e ver Toronto de cima. Assim como quando vimos a cidade pela janelinha do avião, pudemos perceber o quanto há de verde por toda Toronto. Realmente é tudo bem arborizado, com lindos jardins e bastantes parques.












Como em toda metrópole, também são impressionantes os arranha-céus. Do alto da torre a gente tem uma idéia muito legal da magnitude de alguns edifícios, pois muitos que nos pareciam enormes quando vistos da calçada ficam pequeninhos ao lado de majestosos prédios do centro financeiro.
Linda também é a vista do Lago Ontario lá de cima, e a região do Harbourfront (hotéis, restaurantes, condomínios, marinas etc. que ficam à margem do lago).



Depois da almoçar na torre fomos até o Eaton Centre, Court House (Old City Hall) e o City Hall (prefeitura).


Ontem, quarta-feira, fomos a Niagara Falls. Um belo passeio. Há realmente muita coisa linda para se ver no caminho até as quedas, mas infelizmente as paradas da excursão eram poucas e muito curtas, pois um dia só é realmente pouco para aproveitar tudo o que a região oferece. As cataratas, em si, apesar de serem um cenário muito lindo, não se comparam à magnitude das de Foz de Iguaçú - mas todo a estrutura turística de Niagara é muito mais atraente e majestosa.










Esse passeio em excursão tem seus defeitos, como as constantes piadas sem graça do guia e as curtíssimas paradas, mas por outro lado é interessante pelas informações que nos dão e pelas pessoas que conhecemos no grupo. O guia falou-nos muito sobre a história do Canadá, de Ontário e de Niagara - particularmente, acho que esse tipo de informação histórica é essencial em turismo.

Logo na primeira parada da excursão conhecemos Silvia e Alberto, um casal de espanhóis recém casados que não falam inglês. Como eles tinham dificuldade de entender o que estava acontecendo, ficaram muito felizes com meu parco castellano, e dali pra frente ficamos juntos até o final do passeio.
No trajeto de ida e volta a Niagara, me chamou a atenção a quantidade de indústrias instaladas às margens da highway em Missisauga, Hamilton e Oakville. Na volta, paramos numa vinícola do Dan Arkroid (aquele ator dos Caça-Fantasmas) para degustação, mas não gostamos dos vinhos.

Voltando à história, hoje fomos à Casa Loma, uma mansão em forma de castelo construída entre 1911-1914 por um grande capitalista e industrial de Toronto, talvez o maior de sua história. Bem sucedido corretor de valores, foi o empreendedor que trouxe eletricidade a Toronto, pouco após a invenção da lâmpada. Depois criou também a companhia de geração de energia construindo a hidrelétrica em Niagara Falls que havíamos visitado. Militar de alta patente a serviço da coroa britânica, gastou grande fortuna na construção do casarão que, na sua pretensão, um dia receberia a Família Real. Infelizmente o final da história não é nada glorioso - a Família Real nunca veio, Sir Henry Pellatt ficou viúvo e foi à ruína com a estatização das empresas de eletricidade e a quebra da bolsa em 1929, tendo de abandonar o casarão e leiloar todos os bens e obras de arte que havia reunido, e morreu por fim pobre e solitário.


Depois da Casa Loma fomos almoçar em Chinatown (onde ninguém sabe o que é "Yakisoba", para desespero dos clientes do ChinaInBox) e passeamos pela Universidade de Toronto e pelos belos jardins do Palácio Legislativo de Ontario.


Nas andanças de hoje percebemos os streetcars, bondes elétricos integrados à rede de ônibus e metrô da TTC, que circulam em algumas importantes avenidas pelo centro da cidade. Mais pontos para o transporte público de Toronto!





Toronto - primeiras impressões

Chegamos em Toronto na segunda-feira, e só agora estamos postando - o que nos dá muuuuito assunto sobre o que falar. Vamos fazer isso em posts curtos, na medida em que encontremos tempo (e disposição) para escrever...


Pra começar, vamos falar da chegada ao país. Nosso avião aterrizou em Pearson às 7:20 da manhã, depois de um vôo nada confortável (apesar do bom serviço e entretenimento a bordo) praticamente sem dormir.



Depois de muitas perguntas dos oficiais de imigração (até de forma deselegante), tomamos um taxi ($50) e chegamos à casa do Gean (http://www.vouprocanada.com/) às 8:30am. Gean e sua esposa são muito amáveis e atenciosos, realmente recomendo a quem vier conhecer a cidade.

Como não havíamos conseguido dormir no vôo, logo após conhecermos os anfitriões fomos pra cama, e saímos no início da tarde para comer. Nessa região é muito grande o número de portugueses, e há poucas quadras da casa do Gean paramos em uma padaria portuguesa, onde acabamos conhecendo Paulo e Cristiane, um casal de gaúchos que vive em Mississauga há alguns anos. Foi muito legal!

Desde que comecei a pesquisar sobre a vida no Canada, Mississauga me pareceu uma opção interessante. O Paulo falou muito bem de Mississauga, observando Toronto é uma metrópole com todos os problemas de uma metrópole, ainda que numa dimensão muitíssimo menor que São Paulo. Vamos falar mais sobre as nossas primeiras impressões sobre Toronto (no sábado vamos conhecer Mississauga, daí poderemos falar com mais propriedade sobre a cidade).

Por enquanto só andamos em poucos bairros e em Downtown, por isso nossa visão pode ser ainda limitada. Mas vamos lá:

- transporte público: muito bom. Estamos usando muito ônibus e metrô, e não há do que reclamar. Por $32.25 compramos o weekly pass, com o qual usamos livremente a rede da TTC. As pessoas podem entrar no metro com bike, o que eu ainda não tinha visto.

- limpeza e organização: a cidade é bem organizada, mas no aspecto limpeza confesso que os bairros não são o primor que imaginávamos. Já downtown é muito limpa e encantadora. Em toda a cidade, o que é muito marcante também são as muitas lixeiras para recicláveis, e o clima de responsabilidade ambiental estampado em anúncios por toda a cidade.

- coisas que estão em toda parte por onde passamos: orientais, TimHortons, Mazda (impressionante a quantidade de Mazdas circulando aqui).

- multiculturalidade: de fato é marca da cidade. É muito explícita a forte presença de diversas etnias - chineses, indianos, paquistaneses, portugueses, jamaicanos, italianos, russos, etc. Falam-se muitas línguas em Toronto, e mais variados ainda são os sotaques no inglês.

- preços: eletroeletrônicos são bem mais baratos que no Brasil (algo com metade do preço). Refeições e roupas não são tão baratos. Para ilustrar: ontem comprei um jeans básico Levi's por $50; hoje jantamos um combinado de sushi & sashimi num restaurante legal em downtown por $70; ontem jantamos num italiano fora do centro (eu comi um bife parmeggiana com penne pomodoro, e a Fabiana somente uma Cesar salad) com $30.

Algo curioso: na segunda-feira fomos resolvemos fazer um jantar em casa com o Gean e sua esposa, e fomos a um mercado (NoFrills) aqui perto para comprar os ingredientes. Me chamou atenção um amontoado de caixas de papelão (dessas em que eles recebem os produtos) no corredor de saída, bem à vista de todos os clientes. Fiquei até um pouco incomodado com aquilo.

Ao passar pelo caixa, entendi o por quê daquilo: ao encostar nas sacolas plásticas que eu pretendia usar para embalar minhas compras, fui advertido pela caixa de que eu teria de pagar pelas sacolas. Já todas aquelas caixas de papelão amontoadas estavam a disposição. Ou seja, reduz-se o consumo de sacolas plásticas pelo aproveitamento das caixas de papelão, que a propósito são bem mais adequadas para acomodar as compras no porta-malas do carro. Inteligente, não?

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Trocando Moeda II

Graças ao comment da Luciane, conhecemos o Visa Travel Money (VTM).
Agradeço à Luciane e aos demais amigos que contribuíram com seus pitacos.

Realmente o VTM me pareceu a melhor opção, pela segurança e praticidade. Todas as casas de câmbio que consultei trabalham com essa solução, é realmente muito fácil e rápido. E, ainda por cima, a taxa de câmbio para carregar o cartão é melhor que para trocar dinheiro em espécie.

Aparentemente, o único inconveniente é uma taxa de U$2,50 por saque de cash, considerando que há um limite de saque diário.

Bom, até agora me pareceu muito bom. Vejamos como será a facilidade em encontrar ATMs para sacar por lá. Por via das dúvidas, estou levando algum dinheiro em espécie (dólares americanos), só por precaução.

Embarcamos para Toronto no domingo, então amanhã estaremos dedicados aos últimos preparativos da viagem.

sábado, 6 de setembro de 2008

Trocando Moeda

Estamos em preparativos para nossa viagem de prospecção, e fiquei com uma dúvida quanto a melhor forma de trocar moeda.

Procurei uma renomada casa de câmbio da cidade para verificar se eles dispunham de doláres canadenses, e me informaram que não tinham naquele momento, mas que com uma "reserva" de dois dias de antecedência conseguiriam a quantia que eu quisesse.

Como preços sobem sempre que a demanda é maior que a oferta, perguntei a que taxa de câmbio eles me venderiam os dólares canadenses já esperando algum ágio em relação à cotação oficial. Contra uma cotação oficial de R$1,63, eles me ofereceram a R$1,84 - um ágio de quase 13%.

Diante disso, estou pensando seriamente em levar dólares americanos, e trocar quando chegarmos ao aeroporto em Toronto por dólares canadenses (imagino que haja uma agência de câmbio no aeroporto).

Alguém já fez isso?