quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

SCAPE @ MicroSkills

Hoje tivemos nossa primeira neve "de verdade". Na segunda-feira chegou a nevar durante o dia, mas não o suficiente para cobrir o chão e deixar a paisagem branquinha. Já hoje pela manhã, quando acordamos, tudo já estava coberto pela neve!

(vista da nossa sacada, hoje pela manhã)

Pena que choveu também enquanto nevava, e com o céu cinzento a paisagem não fica tão bonita. Amanhã a previsão é sol e neve, por isso espero ter melhores fotos desse inverno canadense para postar muito em breve.

Mas o propósito desse post é outro...

Quando ainda estávamos nos preparando para aplicar para o processo de imigração, um dos temas que me ocupava era o ingresso no mercado de trabalho canadense e as possibilidades de homework que pudessem facilitar a guerra por aqui (veja esse post, de 27/07/2007). Nas minhas pesquisas, uma das coisas que encontrei foi uma entidade americana chamada APICS, que emite algumas certificações profissionais para profissionais de supply chain e administração industrial (ou engenharia de produção).

Na época, consultei os custos do curso preparatório e da certificação no Brasil, a acabei desistindo de investir uma quantia nada desprezível numa certificação que eu não tinha certeza se poderia ajudar por aqui.

Agora, nas minhas pesquisas por programas de bridging mais direcionados para a minha experiência profissional, acabei topando com um flyer de um programa ministrado pela MicroSkills, chamado SCAPE (Supply Chain Awareness Program for Employment).

O flyer é meio pobre de informações, mas o programa é muito interessante. Na verdade, o que eles fazem é o curso preparatório + custos da certificação de um módulo + membership da APICS (ou ainda de outras duas entidades, CIFFA e PMAC), além de alguns outros workshops, tudo custeado pelo governo de Ontario.

O programa é, portanto, bem direcionado, para os profissionais da área de supply chain. Os requisitos básicos são ter alguma experiência ou treinamento nessa área e ser imigrante (landed há no máximo 3 anos).

Além do conteúdo do curso, esse programa certamente vai ajudar com o vocabulário específico da área, dar uma visão geral da estrutura e práticas de logística no Canadá, e servir como instrumento de networking (não só com os colegas e instrutores do curso, mas com os demais members da entidade).

Penso que esse programa é diferenciado, dentre os muitos custeados pelo governo (ou melhor dizendo, pelo contribuinte). É uma pena que não seja tão bem divulgado, mas a idéia de oferecer aos imigrantes treinamento para certificações profissionais nas suas áreas específicas de experiência/expertise me parece muito inteligente. Nada contra os programas voltados para todos os tipos de profissionais (como o NOW, que também estou cursando e gostando), mas essa iniciativa me parece muito mais efetiva para facilitar ao imigrante o acesso ao mercado de trabalho na sua área de formação/experiência.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Notícias (curtas)

Nesta semana comecei com o NOW Program, programa para orientação em job search. Geralmente bem recomendado por quem já passou pelo NOW, é um programa de apenas 3 semanas (full-time), o que vem bem a calhar especialmente nessa época do ano que antecede o Natal e, como no resto do mundo, esfria o mercado de trabalho (exceção, é claro, para retail).

Aparentemente será realmente uma boa experiência. Há mais 2 brasileiros na turma de 8 participantes, entre eles 2 indianos, 1 egípcio, 1 chinesa e 1 pessoa de Sri Lanka (não faço a menor idéia de qual o apropriado adjetivo pátrio!).

Também tomei a vacina contra H1N1, na última sexta-feira. Sem filas, sem mostrar nenhum documento (foi na clínica no North York Centre). A Fabiana não pode tomar porque ela tem alguma reação a ovos, a única restrição que nos foi apresentada. Felizmente não tive nenhuma reação adversa à vacina, com exceção de uma incômoda (e esperada) dor no braço.

No sábado, fomos até o Nathan Philips Square (praça em frente ao City Hall) para prestigiar a abertura oficial dos festejos de fim de ano - um evento chamado Cavalcade of Lights, em que, em datas diferentes, diversas praças da cidade estréiam sua iluminação e decoração de Natal. Além de shows musicais e um rink de patinação aberto ao público, houve um belo show de fogos de artíficio para fechar o dia em que as luzes da árvore de Natal oficial da cidade foram acesas. Foi bacana, apesar do frio (a neve ainda não deu o ar de sua graça...).

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Brigdging Programs

Enquanto a Fabiana segue com suas aulas de inglês, numa imersão total (ninguém fala português lá, e mesmo assim ela já fez amizades), eu estou pesquisando opções de programas e cursos que possam facilitar minha inserção no mercado canadense.

Além de aperfeiçoar meu inglês para o ambiente de trabalho, acho importante aprender sobre a cultura de negócios local, o sistema financeiro e mecanismos de taxação, a infra-estrutura e sistemas produtivos, e também começar a fazer networking que realmente venha a me ser útil na minha atividade profissional.

O governo canadense custeia diversos programas de apoio ao imigrante para inserção no mercado de trabalho. Há realmente uma ampla gama de alternativas, para toda espécie de profissão. E, como diz o ditado, "para cada pé, um sapato". Por isso acho importante conhecer ao máximo as alternativas para escolher aquela que realmente se ajuste ao seu professional background e education credentials.

Alguns programas oferecem aulas de ambientação e preparação de currículos e cover letters, e dicas para entrevistas de emprego. Outros vão mais além, oferecendo cursos adicionais, mentoring (ou seja, um tutor), e até oportunidades de internship (estágio, remunerados ou não, na sua área de formacão) para quebrar a barreira da experiência profissional canadense. Esses programas são conhecidos como "bridging" (numa tradução literal, "fazendo a ponte").

Todo mundo que pesquisa sobre esse tema já ouviu falar sobre o NOW Program e o Career Brigde, por exemplo. O primeiro é um curso de curta duração (3 semanas), e que tem por pré-requisito um employment assessment e action plan to return to work, ou seja, uma espécie de avaliação das suas credenciais e um plano de ação de quais habilidades você precisa desenvolver para estar apto a entrar no mercado de trabalho canadense. O segundo é um dos mais respeitados programas de paid internships para imigrantes, em que grandes empresas contratam temporariamente imigrantes qualificados pela entidade, como uma espécie de "estagiário", com salário não inferior a cerca de CAD$2,300.00

Há, entretanto, um universo de outras opções. No próximo dia 29 de Janeiro, acontecerá a 7ª edição de uma conferência anual voltada a profissionais com formação no estrangeiro, um evento que parece ser bastante interessante. Diversas insituições de apoio a carreira para imigrantes, não só de Toronto mas também outras cidades menores de Ontario, participam do evento. Vale a pena visitar o site do evento e também do instituto que o promove.

Outra coisa que me pareceu interessante é uma comunidade dedicada a networking entre executivos, com encontros periódicos não só em Toronto (e GTA) mas também em Vancouver, chamada Happen.

Nesta semana encontrei também um programa de bridging que me pareceu interessante, oferecido pela York University. Embora seja custeado pelo governo, este tem alguns custos, como uma application fee de CAD$80. Por outro lado, é dirigido a quem já tem nível universitário, e há turmas e programas distintos por área de formação; além do acesso a todos os serviços da universidade. A universidade, além de cumprir um papel "social", ganha ao atrair para seu ambiente profissionais que podem se tornar seus alunos em diversos cursos de educação continuada.

Se alguém que já teve acesso a qualquer desses (ou ainda outros) programas puder compartilhar sua experiência, por favor deixe um comment.

1 mês!

Acabo de me dar conta de que hoje faz exatemente 1 mês desde que chegamos ao Canadá.

Parece que foi ontem. Nesse período fizemos nossos documentos essenciais; encontramos, alugamos e mobiliamos nosso apartamento; fizemos algumas amizades; decoramos o mapa do metrô de Toronto; fomos recusados em diversos applications para cartões de crédito de grandes redes varejistas; tentamos esclarecer dúvidas diversas de brasileiros que nos escreveram; usamos e abusamos do Skype; Fabiana começou a estudar inglês; eu continuo pesquisando muito sobre o mercado e programas de bridging.

E, claro, na medida do possível e interessante, continuamos postando.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Problemas no transporte público

Ontem foi o primeiro dia de aula de inglês da Fabiana. Vou deixar para ela mesma postar sobre esse assunto...

Ontem também foi nosso primeiro dia de problemas com o transporte público de Toronto. Aliás, foi um dia negro para o TTC:

Primeiro, todos os jornais publicaram (e, claro, criticavam) o aumento das tarifas programado pelo TTC para janeiro próximo, para contrapor em parte um déficit orçamentário de $400 milhões. O token, como aqui chamam o passe simples, passará de $2,75 para $3,00. O monthly pass vai de $109 para $122. Esse aumento de tarifas é muito criticado, especialmente porque cada vez mais desencoraja as pessoas a usar o transporte público e comprar seus próprios carros (que são baratos e com juros de 5%a.a. para financiamento), prejudicando ainda mais o trânsito da cidade, que já não é dos melhores.

Por volta das 11 horas da manhã, alguma coisa aconteceu na estação College (pelo que entendi houve um acidente que machucou alguém) e o metrô deixou de operar no sentido sul entre as estações Bloor e Union, um trajeto de cerca de 4 km bem em downtown. O TTC tentou compensar esse problema colocando alguns ônibus para fazer esse trajeto, mas era muita gente pra pouco ônibus - uma verdadeira aventura tentar entrar num ônibus...

Mas o pior ainda estava por vir. Depois de resolvido o problema da manhã, aconteceu outro muito mais bizarro. A avenida St. Clair está em obras de revitalização, e a companhia contratada para a obra de alguma forma estragou os trilhos do metrô, nos dois sentidos. Como resultado, desde o início da tarde até esta madugada simplesmente não havia metrô entre a Bloor e a Eglinton, prejudicando especialmente o retorno do centro para a região norte da cidade. Foi um verdadeiro caos.
foto publicada hoje no The Globe And Mail.

Nós saímos de downton às 16:30, e conseguimos chegar em casa às 19:00 (o normal é levarmos 20 minutos). Isso porque pegamos a outra "perna" do metrô em direção ao norte, até a estação Downsview, e de lá pegamos (depois de muita luta, num empurra-empurra danado) um ônibus até a estação Sheppard.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Language Assesment

Na segunda-feira passada fizemos nosso language assessment, o teste de proficiência para determinar seu nível para as aulas de inglês para newcomers pagas pelo governo. Esse teste é obrigatório para quem quiser se inscrever em um curso de inglês pago pelo governo, oferecidos em diversas instituições.

Aqui em Toronto a instituição que faz essa avaliação, custeada pelo governo, é a YMCA. Seguindo uma métrica chamada Canadian Language Benchmarks, é um teste de speaking & listening, reading e writing, em que o avaliador atribui um score numa escala de 1 a 8.

Lá mesmo no YMCA já é possível verificar onde há aulas para cada nível, em todas as escolas que oferecem o curso pago pelo governo. Não havia vagas imediatas para a Fabiana nas escolas que pesquisamos (uma delas na nossa esquina), e ela está inscrita numa lista de espera que, segundo a avaliadora, não deve levar mais que 10 dias.

Eu tive score 8, e fui informado de que não há cursos custeados pelo governo para o meu nível. As opções que me apresentaram foram alguns cursos de ELT (Enhanced Language Training) aplicados a determinadas áreas de atuação profissional (área médica, finanças e negócios, engenharia, etc.) para familiarizar com os respectivos vocabulários e jargões. Estive olhando as opções de ELT, e todas elas têm como requisito mínimo para ingresso níveis de proficiência médios (geralmente 5 ou 6), por isso não sei se um curso desses realmente me trará benefícios.

Também perguntei sobre a oferta de cursos de francês para newcomers aqui em Toronto. Infelizmente não há cursos de francês pagos pelo governo em Ontario, embora haja algumas escolas com custo bem acessível.

O interessante é que, como as duas línguas são oficiais no país, para grande partes dos empregos no serviço público (e também muitas oportunidades na iniciativa privada) é necessário fluência em ambas as línguas...

Hoje percebi algo que me causou estranheza, e vou procurar saber mais: de acordo com o site do Centre for Canadian Language Benchmarks, são 12 (e não 8, como mencionado nos papéis da YMCA) os benchmarks para score. Talvez o governo não financie cursos para níveis acima do benchmark 8, e por isso a YMCA nem mencione...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Já na casa nova...

Já estamos no nosso apartamento, desde sexta-feira.

Estamos na maior função de comprar as coisas essenciais e mobiliar o apartamento, uma correria só! Somente ontem consegui instalar o modem para acesso à Internet aqui...

Depois de uma semana fria - na quinta-feira a noite chegou a nevar (ok, não foi assim a-q-u-e-l-a neve, mas era mais grosso que uma geada) com cerca de -1ºC, bem na hora em que descarregávamos as compras da IKEA (êita, caixas pesadas!) - as temperaturas subiram para agradáveis cerca de 15ºC nesse final de semana, com um sol maravilhoso.

No sábado fomos ao High Park tomar café da manhã com um casal de brasileiros que nossa host (da guesthouse) nos apresentou... foi muito legal!

Por falar na guesthouse Stonehouse on Sterling, onde ficamos: o quarto que ficamos é ótimo; a casa é limpa, comfortável, organizada, e silenciosa; o banheiro está sempre limpo, apesar de ser compartilhado por todos os hóspedes; e os hosts são simpáticos e atenciosos; é perto da estação de metrô Dundas West (5 minutos de caminhada); e o preço é acessível (negociamos preço diferenciado para a estadia de 2 semanas).
Os pontos negativos, na nossa opinião, foram: o acesso wireless à Internet, que volta e meia "caía"; a temperatura no interior da casa, que poderia ser mais alta (o termostato do aquecimento geralmente ficava em 67ºF, seja 19,4ºC); e o acesso "limitado" à cozinha, o que nos proporcionou uma dieta rica em congelados, sanduíches e fastfoods nessas duas semanas.
De modo geral, achamos que foi uma boa opção para esses nossos primeiros dias, e recomendamos a guesthouse.

Amanhã faremos nosso language assessment na YMCA, para então verificar as alternativas de cursos de inglês para o nosso nível de proficiência. Vamos ver no que dá.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Pegamos as chaves

Hoje pegamos as chaves do apartamento que alugamos, e assinamos o contrato de aluguel.

De acordo com a manager do nosso prédio, o apartamento estava limpo e tudo em perfeito estado. De fato tudo estava em ordem (com exceção de uma porta do armarinho da cozinha, que acabou de ser trocado), mas definitivamente nosso conceito de "limpo" é bem diferente do deles... então, mãos à obra pra faxina! Como o apartamento não é muito grande (pouco mais de 50m²) e ainda está vazio, até que foi rápido limpar tudo. Agora sim nosso novo lar está tinindo...

Amanhã vamos alugar uma carro pra levar nossas malas daqui para o apartamento, e também comprar (e carregar) algumas coisas básicas, como louças, roupa de cama e pequenos eletrodomésticos. Na sexta-feira chega a nossa cama (a Sears nos ligou hoje para confirmar a entrega), e na próxima quarta-feira chegam outros móveis que compramos ontem.

Na segunda-feira fomos à maior loja "TheBrick" (na Dufferin) para conferir as opções e aplicar para o cartão do loja, que permite postergar o pagamento em muitos meses. Apesar da boa vontade do vendedor e do gerente da loja em nos ajudar, não fomos aceitos. "Sorry sir, you do not qualify at this time", informou a atendente da administadora do cartão, mesmo eu tendo um cartão de crédito canadense. Disse que eu deveria tentar aplicar novamente em seis meses, quando já teremos algum histórico de crédito.

Entendemos que definitivamente não teremos histórico de crédito para nenhum desses cartões de lojas que permitem postergar pagamentos, levantamos a cabeça e retomamos as pesquisas por melhores preços para pagamento à vista. Acabamos fechando a compra de sofá, jogo de jantar, tapete e mesinha de centro numa loja de uns indianos na Bloor St. W., bem perto da estação Lansdowne. Muito boa qualidade nos móveis, preços bastante atrativos, entrega sem cobrança adicional, e total disposição para negociação foram as qualidades que nos fizeram decidir comprar com eles...

Outra coisa que já fizemos foi contratar o acesso a Internet e a TV a cabo. Optamos pela Rogers, que apesar de $10 mais caro que a Bell no total (nas cotações que fizemos), não nos amarra em long term contract (a Bell tem bom preço num contrato de 2 anos). Aqui você pode escolher entre comprar ou alugar o modem/wireless router, e por enquanto vamos alugar...

Bom, por enquanto é isso. Aqui continua frio (hoje a máxima foi 6ºC), e na sexta-feira nos mudamos em definitivo para nosso novo lar.

domingo, 1 de novembro de 2009

Definido o apartamento, vamos às compras!

Deveríamos estar postando mais, mas o ritmo por aqui tem sido forte... dá-lhe bater pernas!

Hoje fomos surpreendidos com a mudança no horário oficial. Acabou hoje o "Daylight Saving Time", equivalente ao "horário de verão" aqui no Canadá, sem que víssemos qualquer aviso sobre isso no jornal... aqui os relógios são adiantados em uma hora de Março a Novembro (mais info no link acima). Portanto, agora são 3 horas de diferença para o horário de Brasília.

Passamos toda a última semana procurando apartamento, como já comentamos no post anterior, com as dificuldades já relatadas. Nessas idas e vindas em busca de apartamentos, vimos algumas opções interessantes mais próximas a downtown, conhecemos alguns brasileiros, pesquisamos e pensamos bastante, e decidimos ficar com um apartamento na main intersection Younge/Sheppard para os nossos primeiros 6 meses.

Apesar de termos visto algumas boas opções mais próximas a downtown e também bastante perto de estações de metrô a preços mais interessantes, pesou muito na nossa escolha a conveniência do acesso indoor a metrô e supermercado. Apesar de estarmos gastando mais nesses primeiros seis meses, vamos atravessar nosso primeiro inverno canadense com essa conveniência...

Vencida essa etapa de encontrar um ninho, é hora de montá-lo... então fomos às pesquisas de preços para comprar móveis.

Acho que todo mundo que já pensou em morar fora do Brasil já ouviu falar da IKEA, empresa sueca com lojas em muitos países, famosa por preços baixos para móveis bonitinhos... resolvemos conferir, já bastante inclinados a comprar tudo o que fosse preciso lá, na próxima semana. O conceito da loja é interessante: é um self service de furniture. Praticamente não há vendedores. Você entra na loja e pegua um bloquinho de notas, e atravessa um enorme show room, com muitos ambientes montados em que cada item tem a etiqueta indicando o preço e a sua localização do estoque. Você anota no bloquinho tudo o que quer comprar, com as respectivas coordenadas no estoque. Depois você passa por dentro do estoque e pega o que quiser, e passa pelos caixas (também self service). Dá pra perder um dia inteiro dentro da loja, que tem de guardanapos a cozinha completa. Achamos muitas coisas realmente baratas, embora nem tudo aparente boa qualidade.A idéia da IKEA é oferecer design (sempre sueco) a preços baixos, com o mínimo de serviços. Tudo é montado por você mesmo, e até mesmo a entrega é cobrada (e não é barato) por fora - é muito mais barato alugar um caminhãozinho por um dia.

Tendo a IKEA como referência, passamos então a procurar outras opções. Ontem fomos até a Sears e fomos surpreendidos com um bom atendimento, o que não é muito comum por aqui, pelo menos para os nossos padrões.

De modo geral, o atendimento dos vendedores é muito ruim. Eles não estão muito preocupados em envolver o cliente e explicar sobre os produtos; eles demonstram estar perdendo tempo ao te explicar alguma coisa que, na visão deles, o fabricante da mercadoria deveria tratar de levar ao teu conhecimento. É mais ou menos assim: "não sabe o que esse aparelho faz? procure o site do fabricante ou ligue pro atendimento ao cliente deles, enquanto eu vendo pros outros clientes que estão na fila". Como a demanda e o volume de compra é gigante (as lojas nunca estão vazias), parece que eles realmente não estão muito preocupados. Cabe registrar, uma das exceções a regra é o BestBuy, onde os vendedores tiram todas as suas dúvidas.

Bom, voltando à Sears, estávamos olhando preços de camas em promoção e o vendedor foi muito solícito em explicar absolutamente tudo. Por coincidência, ele é casado com uma brasileira, o que rendeu assunto para bastante conversa sobre o Brasil. Decidimos comprar nossa cama ali mesmo, e depois de finalizada a compra a esposa dele chegou na loja... batemos bastante papo e pegamos dicas de compras (ela indicou outra loja legal, a Winners).

Hoje conversávamos com a Maria, nossa host, sobre compras. Ela e o filho também nos indicaram algumas lojas pequenas bem próximas à guesthouse e também a TheBrick, e criticaram a IKEA pela pouca qualidade dos produtos.

Deram-nos também uma dica super relevante: as grandes lojas geralmente tem seus próprios programas de cartões de crédito (como também acontece no Brasil), e concedem condições especiais para pagamento, como parcelamentos ou maior prazo para pagamento. Em alguns casos, a cobrança é postergada para 2 anos, sem juros nem entrada!!!

Naturalmente, há algum tipo de análise de crédito para a emissão dos tais cartões, o que pode dificultar para imigrantes recém chegados. Por outro lado, é certamente uma excelente vantagem justamente para newcomers que conseguirem fazer os cartões, pois poderiam mobiliar toda a casa (que têm de montar!) e só pagar meses depois, quando provavelmente já estarão trabalhando e não apenas consumindo reservas financeiras... vale a pena saber mais, não?

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Procurando apartamento

Estamos correndo bastante, por isso a demora em postar.

O tempo aqui está agradável. Durante o dia a temperatura tem ficado entre 9ºC e 12ºC, nos últimos dois dias fez sol (entre nuvens, é verdade) e hoje chuviscou o dia todo. Hoje já saí sem casaco, pois ontem me arrependi de ter carregado o casaco na mão o dia todo - a maior parte do tempo estamos no metrô, ou galeria subterrâneas, ou prédios, onde tudo é aquecido.

Na segunda-feira tiramos nosso número de seguridade social - Social Insurance Number (SIN), documento indispensável aqui no Canadá. Depois fomos ao HSBC para depositar dinheiro na conta e configurar senhas para nossos cartões de débito.

De lá pra cá, tudo o que fazemos é procurar apartamento, e isso já tem sido uma senda e tanto.

Nós não temos a intenção de buscar emprego imediatamente, e na verdade ainda estamos pensando onde vamos morar aqui no Canadá. Temos uma queda por Mississauga, que visitamos no ano passado e nos pareceu uma excelente opção ao "aperto" de Toronto (estando a 30km de distância, do centro de Toronto ao centro de Mississauga). Assim, nossa "missão inicial" aqui é desenvolver a fluência no idioma (especialmente a Fabiana, que por enquanto vai dedicar-se integralmente a isso), adaptar-se, fazer networking, estudar e conhecer melhor a região e suas potencialidades.

Para isso, queremos alugar um apartamento por 6 meses, tempo que consideramos mais que suficiente para cumprirmos esse primeiro estágio, tendo acesso a toda a estrutura de serviços e apoio ao imigrante que Toronto oferece. A idéia é não comprar carro nesse período, até porque o transporte público em Toronto é de tirar o chapéu (e o custo do seguro do carro, obrigatório por aqui, é escorchante, especialmente para quem não tem histórico nenhum como nós). E, lembrando, esses primeiros meses atravessarão justamente o inverno canadense, que tanto assusta quem vem dos trópicos...

Bem, por tudo isso, o que temos em mente é buscar um apartamento num prédio que:

1) tenha acesso indoor ao metrô, ou que seja realmente MUITO próximo de uma estação - já pensou esperar num ponto de ônibus no inverno?
2) seja próximo a vias de acesso/saída da cidade - para que caso venhamos a comprar um carro nesse período ou comecemos a trabalhar em Mississuga, por exemplo, tenhamos como facilmente chegar lá;
3) ofereça a possibilidade de alugarmos uma garagem, no futuro - pela mesma razão do item anterior;
4) esteja numa região que nos agrade;

A boa notícia é que há opções nesse perfil. A má notícias, na verdade, são três:

1) via de regra, os contratos de aluguel são de 1 ano. Muitos locadores não abrem exceção sob nenhuma circunstância;
2) as dificuldades burocráticas para imigrantes: locadores (landlords) geralmente exigem dos candidatos a inquilinos (tenants) um comprovante de emprego (carta do empregador) ou um fiador. Como não temos nenhum dos dois, nada feito. E olha que já chegamos a oferecer pagar adiantado todo o período (ou seja, risco zero de inadimplência);
3) preços: as opções que temos até agora custam cerca de CAD$1,350/mo para um apartamento pequeno, de 1 quarto, considerando todos os custos de moradia (aluguel + utilities), que tenha acesso indoor ao metrô. É bem verdade que os prédios geralmente tem uma infra-estrutura muito além das nossas necessidades, como piscina aquecida e academia, e que os apartamentos geralmente têm cozinha e lavanderia já montadas, mas o fato é que os apartamentos são bem pequenos. Cabe registrar também que ficam longe de downtown, apesar do metrô.

Há opções mais baratas, se ignorarmos as qualidades que pretendemos encontrar. O aluguel de um basement apartment em Toronto custa cerca de CAD$800, por exemplo. Um apartamento de um quarto próximo ao metrô afastado de downtown talvez se consiga por cerca de CAD$1,000 com as utilities.

Bem, amanhã continuaremos a nossa "saga" em busca de um apartamento... comentários, indicações e sugestões serão bem-vindos!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Welcome to Canada


Chegamos a Toronto hoje às 5:30 da manhã no horário local. A viagem foi tranquila, e tudo correu como o planejado.

O landing (entrada no país) foi super tranquilo... tudo o que o oficial da imigração fez foi conferir a documentação, pegar nosso endereço provisório para enviarem o PR Card, e perguntar quanto dinheiro estávamos portando. Ele não quis ver o dinheiro nem nenhum comprovante de fundos como imaginávamos pudesse acontecer, e também não se incomodou com o fato de estarmos trazendo em mãos menos dinheiro do que os cerca de CAD$ 13K que o Consulado exige como mínimo a ser comprovado (proof of funds). Trouxemos menos dinheiro em mãos porque já havíamos transferido algum dinheiro para nossa conta canadense do HSBC, mas isso é tema para um outro post. Também não pediu a lista de bens que trazíamos conosco (a carta do Consulado quanto recebemos nossos passaportes dizia que tínhamos de trazer essa lista, e também uma segunda lista de bens que fossem despachados posteriormente - a chamada goods to follow list.) Perguntou se tínhamos goods to follow, e como não vamos mais trazer nada acabou ali nosso processo de entrada no país. "Welcome to Canada!"

No guichê ao lado do nosso, havia uma família sendo atendida, numa situação inacreditável: era um casal com duas filhas pré-adolescentes. O pai tinha um visto de trabalho, mas o resto da família não tinha visto. Não é inacreditável? Como é que um cidadão toma um vôo de mudança para outro país com a família sem certificar-se nem mesmo dos vistos? Certamente foram deportados...

Bem, voltando a nós... depois de passar pela imigração fomos pegar nossas bagagens e constatamos que duas de nossas malas (daquele tipo sacola, que compramos na 25 de Março só mesmo para essa viagem) não aguentaram o tranco e rasgaram no fundo... além das nossas malas, passeava pela esteira uma sacolinha de roupas íntimas que escapoliu da mala! Depois de tudo resgatado, fizemos uma remendo com fita adesiva nessas malas e fomos trocar um pouco de moeda (trouxemos dólares americanos, em traveller checks e também em espécie).
Na casa de câmbio, boas e más notícias: a boa é que na casa de câmbio dentro do aeroporto eles trocam os travellers checks por cash sem nenhum deságio nem taxa de corretagem, ao contrário do que geralmente ocorre; a má é que o dólar canadense tem se valorizado muito nos últimos dias e, para minha surpresa, já vale mais que o dólar americano (US$1 = CAD$0,9634), e a tendência de forte alta continua.

Bom, decidimos então trocar de uma vez todos os dólares americanos que portávamos, e pegamos uma taxi até a guesthouse em que vamos ficar pelos primeiros 15 dias. Estufamos a limo com todas as malas, mas coube tudo.

Chegamos à guesthouse às 8:30am, e fomos bem recebidos. Nossos hosts são simpáticos, a casa é limpa e silenciosa, e nosso quarto é amplo com uma cama confortável. O que achamos ruim até agora é que está frio dentro de casa, não sei ainda qual é o problema com o aquecimento (no nosso quarto, a saída de ar aquecido - que fica no chão - está parcialmente obstruída por um sofá, o que também deve contibuir para um aquecimento menos eficiente). Como ainda é cedo para avaliarmos a guesthouse, vamos deixar para fazê-lo no final da nossa estadia.
Além de nós, há outros dois hóspedes aqui, com quem compartilhamos o banheiro. Um é das Ilhas Maurício, já está aqui há cinco meses. O outro é australiano, ainda não tivemos oportunidade de conversar.

Hoje fez um dia frio, chuvoso e com muito (mas muito) vento em Toronto. O vento faz um chiado forte lá fora. A temperatura é de cerca de 5ºC. Eu fui até o mercado, distante três quadras, tomar um pouco de chuva e vento frio; no mais, e ficamos descansando o dia todo.

Bom, hoje é dia de descansar. Amanhã vamos desfazer as malas e planejar próxima semana.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Chegou o dia da mudança

Amanhã é a nossa viagem de mudança para Toronto.

Saíremos por Curitiba - Guarulhos - Toronto, chegando lá às 5:30 am (hora local), em vôo da Air Canada.

Esses últimos dias estão sendo uma correria só! São tantas coisas pra fazer...

Bem, nosso próximo post já será escrito de Toronto... até breve!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Decidimos postergar em uma semana a nossa viagem, para resolvermos com calma muitas pendências que ainda temos por aqui. Assim, viajaremos no dia 22/out.

Como estamos cancelando diversos serviços (telefone, internet, cartões crédito, etc.) deixamos de ser assinantes da Globo.com e assim deixou de existir o e-mail marcioefabiana@globo.com
Na coluna à direita aqui do blog está o meu e-mail para quem quiser entrar em contato conosco. Basta subsituir "ø" por "o" no endereço.

Já que adiamos nossa ida, ganhamos também mais tempo para rever e nos despedirmos de amigos e familiares. Aproveitamos esse feriadão para ir a Blumenau, Floripa, Tubarão e Braço do Norte. Foi muito bom!

A respeito de seguro saúde, a que nos referimos no post anterior, sugiro a quem esteja buscando informações sobre o tema dar uma olhada nos comments daquele post. Muito boas as dicas do pessoal que acompanha nosso blog!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Notícias

Por aqui continuamos nos preparativos, em countdown para nossa partida.

Nossa conta canadense no HSBC foi finalmente aberta no último dia 11, coincidentemente em exatos 2 anos desde o início do nosso processo de imigração. Agora esperamos que o Welcome Package chegue antes de nossa mudança... (devia ter aberto essa conta antes)

Também já criamos nosso "número de telefone local virtual", pelo SkypeIn. Seguindo o passo-a-passo da Camila não tem mistério, e certamente vai facilitar nosso contato com os familiares e amigos que vão poder falar conosco pagando ligação local.

Por sugestão de amigos brasileiros que já vivem no Canadá, estamos traduzindo aqui no Brasil nossos documentos escolares. É mais uma despesa relativamente pesada, especialmente se não for prevista. Vamos também já iniciar o processo de credential assessment pela WES, que exige que o histórico escolar (em inglês) seja enviado em envelope lacrado pela universidade.

Também fiquei surpreso com o custo do seguro viagem (assistência médica), indispensável para os primeiros 3 meses no Canadá (período de "carência" até que o sistema público seja válido para nós imigrantes). Se alguém tiver uma boa dica de provedores desse serviço a preços convenientes, por favor compartilhe conosco.

Continuamos assim os nossos preparativos, até a nossa viagem no dia 15 de outubro.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Preparativos

Faltam 35 dias para nossa viagem, e há muitos preparativos ainda para fazer. Vender os carros, traduzir documentos, abrir a tal conta canadense e transferir fundos, cancelar serviços e cartões de crédito (alguém já tentou cancelar um plano de celular pós-pago?), fazer o maior número de contatos profissionais, despedir-nos dos amigos queridos e familiares espalhados por várias cidades, e por aí vai...

Hoje finalmente dei a notícia de que vou viver no Canadá aos meus colegas de trabalho. Muito embora já tenha avisado meu chefe há bastante tempo, ainda não foi contratado meu substituto, e como eu havia pedido ao chefe discrição até o meu desligamento, quase ninguém sabia dos meus planos. Ainda não foi uma despedida (apenas um informe), mas é inevitável que daqui pra frente os colegas já se dirijam a mim em tom de despedida.

É engraçado como a gente reage nesses momentos. Na verdade nós já começamos nossa "caravana" das despedidas na medida das possibilidades, e fica cada vez mais claro que não sou muito bom de despedidas.

Nesses momentos a gente percebe o quanto é abençoado nessa vida - quantos amigos, histórias, emoções e aprendizado a vida nos proporcionou até aqui. Nos lembramos o quanto somos queridos e o quanto as pessoas que passaram (ou estão) nos nossos caminhos marcam a nossa vida.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Como Levar Dinheiro? (3)

Depois de muito pesquisar e considerar os valiosos comments nos posts anteriores sobre o tema, nos rendemos ao HSBC Premier.

Fomos até a agência do banco para conhecer mais detalhes na fonte, ao vivo. Pesou muito na nossa opção a facilidade de movimentação de recursos entre contas de mesma titularidade em países diferentes, sem a necessidade de contrato de câmbio (até US$9k por mês). Isso quer dizer que facilmente podemos manter nosso dinheiro aplicado no Brasil, e transferir para a conta canadense conforme a necessidade.

Confesso que fiquei um pouco decepcionado com o atendimento até agora. Demorou mais de uma semana para abrirem a conta, e até agora ainda não foi aberta nossa conta canadense. Apesar da atenção da gerente, do requinte das instalações e toda a pompa do Premier, agilidade não pareceu ser o ponto forte, pelo menos até agora.

De toda forma, amanhã vamos mais uma vez conversar com a gerente e tentar avançar. Me arrependo não ter aberto essa conta antes...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Chegaram nossos vistos!

Depois de 695 dias desde a abertura do processo, recebemos hoje o envelopão do Consulado com nossos passaportes e os respectivos vistos, formulários CPR, carta de instruções e alguns documentos devolvidos (fotos, recibo do pagamento das taxas, e um CD com fotos que havíamos anexados para comprovar nossa união estável).

Tudo pronto, agora é cumprir todos os preparativos e voar.

Agradecemos todo o apoio e torcida que recebemos nesse processo, em especial as muitas dicas de tantos "amigos virtuais" que pudemos conhecer através dos blogs e do extinto Yahoogroup. Esperamos poder manter sempre contato, e conhecer pessoalmente a quem for possível.

Cheers!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Decision Made

Só para constar, hoje o status da nossa aplicação do e-cas mudou de "in process" para "decision made".

Ou seja, agora é só esperar o correio entregar os passaportes com os vistos!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Solicitação de Passaportes

Hoje fomos descrentes até a caixa de correio, esperando encontrá-la vazia (ou com alguma nova conta pra pagar) como de costume.

Para nossa surpresa, já recebemos a solicitação dos passaportes!

Imediatamente pagamos a taxa final (R$825,00 por pessoa), e nossos passaportes já estão a caminho do Consulado, via Sedex.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Como Levar Dinheiro? (2)

Primeiro, obrigado pelos comments no post anterior. É muito legal contar com as opiniões e experiências de quem já passou (ou também está passando) por tudo isso.

Desde que iniciamos nosso processo, líamos sobre o HSBC e suas facilidades para quem tivesse uma conta Premier aqui no Brasil. Mas duas coisas me fizeram descartar esse caminho:

(1) para ter uma conta Premier, certamente teria de concentrar toda a minha movimentação e investimentos no HSBC, em detrimento dos bancos com que já trabalho e que têm me atendido bem todos esses anos. Ademais, não tenho nenhuma simpatia pelo HSBC, não sei exatamente por que.

(2) na viagem de prospecção que fizemos em 2008, não me lembro de ter visto uma só agência do HSBC. Talvez até tenha topado com alguma, mas quando penso em bancos no Canadá as imagens que me vêm à mente são as muitas esquinas que abrigam agências do RBC e CIBC, e também a presença marcante do BMO e do Scotiabank. Creiam que sejam mesmo os 4 maiores bancos canadenses...

No que o HSBC me parece imbatível, realmente, é a facilidade de transações entre contas no Canadá e Brasil, para quem mantém uma conta aqui. Mas, em princípio, esse não será o nosso caso (apesar da observação importante do Andreadis sobre a diferença na remuneração sobre investimentos entre os dois países).

Aproveitando as valiosas colaborações de vocês, lancei-me a pesquisar pela Internet as alternativas e serviços para newcomers nesses quatro bancos, e eis aqui as principais conclusões (ou primeiras impressões):

- todos os 4 têm algum programa para newcomers;

- o Scotiabank oferece as maiores facilidades, como isenção de taxa de manutenção e anuidade de cartão de crédito VISA por 1 ano, entre outros benefícios; além disso, é possível abrir uma conta canadense antes de chegar lá, mas só a partir da Índia. De toda maneira, o site indica um agente no Brasil, mas me parece voltado a negócios com pessoas jurídicas ou investidores.

- só no BMO podemos abrir uma conta canadense antes de chegarmos lá. É um procedimento simples, em que a conta permanece inativa até a nossa chegada, mas em que se pode fazer 1 transferência internacional antes sairmos daqui. Me pareceu uma boa opção, e particularmente tenho simpatia pelo banco.

Já tivemos, nos comentários do post anterior, boas referências ao HSBC, Scotiabank e também am CIBC. Será que alguém teve alguma experiência com RBC e BMO?

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Como levar dinheiro?

Apesar de ainda não constar como "Entregue", o site da DHL diz que nossos exames médicos já saíram do escritório da DHL em Port-of-Spain para entrega.

Agora que estamos chegando (espero!) ao fim dessa longa espera, é hora de começar os preparativos para nossa ida.

Um desses preparativos é sobre como levar o dinheiro. Me parece que quase todo mundo optou por abrir uma conta no HSBC antecipadamente, coisa que não fizemos.

Nossa idéia é levar o dinheiro conosco, abrir uma conta lá no banco de nossa escolha e depositar, para então solicitar um cartão de crédito.

Ainda não sabemos exatamente como fazer. Não me parece uma boa opção levar todo o dinheiro vivo (cash). Porém, não sei se há algum desconto aplicado pelos bancos sobre o valor nominal de traveller checks (por exemplo) no ato do depósito em conta corrente no Canadá.

Alguém teve essa experiência, sem recorrer ao HSBC?

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Exames Médicos a Caminho...

Na sexta-feira fomos a Curitiba fazer os exames médicos.

Fomos muito bem atendidos, e em duas horas estava tudo feito. Inclusive os cheques assinados - R$949,00 pelas consultas, exames e envio (DHL), para nós dois.

Hoje os exames foram postados na DHL, e seguem para T&T...
(só pra variar o foco, ao invés de checar a caixa de correio agora vamos consultar o rastreamento da DHL)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Pedido de Exames Médicos!

Chegou!

Depois de 22 meses de processo, e 476 dias desde o envio dos documentos, recebemos hoje o pedido de exames médicos.

Infelizmente não há nenhum médico credenciado pelo Consulado em Santa Catarina. O mais próximo para nós é Curitiba...

Agora vamos agendar a consulta pra ontem!!!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Documentos enviados! (II)

Passada uma semana, hoje finalmente conseguimos as Certidões de Antecedentes Criminais emitidas pela Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina. Foram unidas aos demais documentos solicitados por telefone, e imediatamente despachadas por Sedex ao Consulado.

Agora voltamos a esperar, torcendo para que o pedido de exames chegue logo!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Aqui é do Consulado...

Hoje recebi uma ligação da Maria João. De verdade.

Estão faltando alguns documentos no nosso processo - as "certidões de antecedentes criminais emitidas pela autoridade estadual" que enviamos foram as que obtivemos no fórum (portanto, do Tribunal de Justiça do Estado), mas o que o Consulado precisa é da certidão emitida pela Secretaria de Segurança Pública (Instituto de Identificação, da Polícia Civil).

Se a ansiedade já era grande, imaginem como estamos agora. Terminada a ligação nós voamos para a Delegacia Regional para solicitar as certidões, que ficarão prontas em até... 1o dias úteis!

Além dessas certidões, falta apenas a comprovação atualizada da disponibilidade financeira, que realmente não anexamos aos formulários atualizados que enviamos em Abril.

Assim que reunirmos isso vamos despachar por sedex e... esperar!

sábado, 20 de junho de 2009

Aguardando...

Por aqui continuamos esperando ansiosamente pelo pedido de exames médicos, a próxima etapa do nosso processo. Acompanhamos diariamente a evolução de outros processos pelo sistema de Timelines criado pelo Ultranol, e tudo nos leva a crer que nas próximas semanas chegará a nossa vez...

segunda-feira, 16 de março de 2009

Quebec

Voltando à nossa viagem de prospecção em setembro último...

Saímos de Montreal à tarde em direção a Ville du Quebec, numa viagem de cerca de 200 km pela rodovia 40. Chegamos no final da tarde e de imediato seguimos para o motel que havíamos reservado ainda em Motreal, no centro de atendimento ao turista que mencionei no post anterior.


Depois de devidamente instalados, resolvemos ir à cidade enquanto ainda não havia anoitecido. Foram poucos minutos de dia ainda claro enquanto passamos pelo belo centro da cidade. Assim que escureceu chegamos a uma rua à margem do Rio São Lourenço, de onde topamos com esta vista... (desculpem a falta de foco, mas é difícil conseguir uma foto boa à noite sem um tripé)


Quebec é linda, um verdadeiro presépio. Se saímos de Montreal com uma má impressão da parte francófona do Canadá, a cidade de Quebec nos deixou encantados. Definitivamente, linda!


Seguindo a dica da Débora, jantamos num restaurante chamado Le Cochon Dingue (O Porco Louco, em francês), na Rue du Petit-Champlain, uma viela bem turística no pé da cidade velha. Comida excelente, ambiente muito aconchegante, foi realmente ótimo. Passeamos muito pelas ruas estreitas cheias de lojinhas e restaurantes.

Quebec é uma cidade razoavelmente grande, mas a "cidade velha" é o ponto alto para os turistas. Literalmente cercada por um muro de pedra, ostenta o Chateau Frontenac (construído por ordem de Champlain, primeiro "governador" da então província francesa na América do Norte, e que hoje é um hotel), em meio a tantos outros edifícios históricos e igrejas. Repetimos o passeio na manhã seguinte, curtindo a cidade que comemorava seus 400 anos de fundação.

Não faço idéia de como é morar em Quebec, mas certamente é um lugar que precisa ser visitado. Mais de uma vez.



Quando estávamos lá, imaginávamos como seria aquele verdadeiro "presépio" no inverno, coberto de neve.


Recebi uma apresentação em PowerPoint com imagens do Natal em Quebec, mas minha ignorância digital não me permite compartilhar aqui no blog. (se alguma boa alma fizer a caridade de me ensinar como fazê-lo, por favor deixe um comment).

quarta-feira, 11 de março de 2009

18 meses de processo

Hoje completamos 18 meses de processo!

Nem preciso dizer que a angústia na espera pelo pedido dos exames médicos é enorme... quando aplicamos para o processo de imigração, em setembro de 2007, o prazo usual para a obtenção do visto era de aproximadamente 18 meses. Isso quer dizer que, nos planos que fizemos lá em 2007, a esta altura estaríamos de passagens compradas para o landing em Toronto!

Como não há nada para se fazer a não ser esperar, continuamos aqui, esperando. Nossa maior aflição é saber se as coisas no Consulado estão andando. Procuramos por notícias de avanço nos processos de outros candidatos a imigrantes, e para isso é incrível a ferramenta Timelines que o Ultranol desenvolveu, além dos muito blogs que tentamos acompanhar...

Nós conhecíamos esse site-ferramenta Timelines por links em outros blogs, mas até pouco tempo não conhecia o seu autor, nem tampouco como fazer para cadastrar o nosso timeline lá. (se você também não sabe, clique aqui)

Já que a ferramenta já existe, só nos cabe parabenizar o Ultranol pela iniciativa, alimentar com as nossas informações, e sugerir a todos que também cadastrem e atualizem seus timelines, para que as estatísticas possam ajudar a planejar nossas vidas nessa longa espera...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Montreal

Depois do agradável passeio por Ottawa, atravessamos a fronteira pra Quebec e seguimos em direção a Montreal.

Foram cerca de duas horas de estrada até a chegada na cidade, que nos deixou um tanto decepcionados. A chegada nos lembrou muito a entrada de Porto Alegre, com muitos viadutos bastante pichados e sujos.

Logo conseguimos chegar ao centro e encontrar um bom centro de informações ao turista. Após uma pequena espera fomos muitíssimo bem atendidos, e lá mesmo escolhemos e reservamos os motéis onde pernoitaríamos em Montreal e Quebec, nosso próximo destino.

O atendente nos dizia, lamentando, que essa não era a melhor época para nós visitarmos Montreal, porque segundo ele a cidade estava "muito parada, e vocês brasileiros adoram música, festa, agito". Apesar disso, resolvemos seguir os seus conselhos e dedicar nosso primeiro dia em Montreal a conhecer o centro histórico e o "latin quarter", uma espécie de bairro onde se concentram os restaurantes e bares da cidade, e a sua vida noturna.

A caminhada pelo centro histórico foi interessante, muito embora o tempo nublado não permitisse nenhuma "pintura" de foto. Depois de visitar a Notre Damme, passeamos por várias ruas aconchegantes e pelo porto, e resistimos aos convites dos condutores das muitas charretes que ofereciam um city-tour por $45.


Seguimos então para o Quartier Latin, e escolhemos um restaurante italiano simples, em que o dono figurava sorrindo em todas as muitas fotos com clientes famosos (como o brasileiro Romário) espalhadas pelo corredor.

Também ficamos um pouco decepcionados no Latin Quarter - talvez sejamos meio caretas, mas o povo por lá era cult demais pro meu gosto. Sem nenhum tipo de preconceito, só não era a nossa tribo.

Resolvemos voltar a pé até o centro, onde estava estacionado o nosso carro. Mais uma vez, nos decepcionamos com a cidade. Além de muitos bandos de moleques no auge da liberdade de expressão, gritando e brincando pela rua como se estivessem no pátio do colégio, e do festival de piercings, tatuagens e caras de poucos amigos, a cada 100 metros aparecia uma porta decorada em neon anunciando um casa de strip-tease. Nada contra o strip em si, ou contra as strippers, mas é inegável isso depõe contra a cidade.

Na manhã seguinte fomos até o Mont Real, de onde se pode ver boa parte da cidade depois de alguns minutos de caminhada morro acima. Nada muito encantador, a não ser pelo charme histórico do lugar que dá nome à cidade. Aprendemos que Montreal é uma ilha. Depois fomos à antiga Vila Olímpica, passando pelo Jardim Botânico.

Havíamos nos programado para ficar na cidade até o final desse segundo dia, mas ficamos com aquela sensação de "não temos mais nada pra fazer aqui". Decidimos então seguir para Quebec, e com sorte chegaríamos lá ainda antes de anoitecer.

Acho que já escrevemos em outro post que não gostamos de Montreal. Talvez porque alimentávamos grande expectativa, ou talvez porque não tivemos a oportunidade de encontrar anfitriões que nos mostrassem o melhor da cidade.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Ottawa

Voltando ao relato da nossa viagem de prospecção em setembro passado...

Depois de um dia explorando Mississauga, pegamos a estrada em direção a Ottawa. Seguindo a sugestão de um simpático vendedor da TheBay, pegamos um caminho "alternativo".


Eu estava convencido a comprar um GPS, já que gastaria quase a mesma coisa para alugar um por 8 dias. Como a Bay oferece um bom desconto a estrangeiros (acho que já comentamos em outro post), fui até lá depois de pesquisar um pouco. Para minha surpresa, o que custava na BestBuy $129, saía por $199 na TheBay. Tentei negociar com o vendedor sem nenhum sucesso, e quando eu ia saindo ele me perguntou para onde eu iria. Respondi "Ottawa. Por que, alguma sugestão?""Actually, yes" ele respondeu enquanto tirava de um armário um grande mapa rodoviário de Ontario e o abria sobre um balcão. Muito gentil, me sugeriu deixar a 401 para a viagem de volta, e aproveitar as belas paisagens em estradas secundárias que permeiam inúmeros lagos. Riscou sobre o mapa a rota sugerida, dizendo que também iria viajar por ali no final de semana, para aproveitar o cottage a beira de um daqueles lagos. Com o mapa na mão, desisti de comprar o GPS.

Saindo de Mississauga, seguimos pela 401 até Oshawa, depois pegamos a 115 (sentido norte) até Peterborough, e dali em diante a 7 até desembocar na 417 já perto de Ottawa.
Chegamos no meio da tarde e fomos direto ao centro da capital nacional. Ottawa nos surpreendeu demais. A cidade é linda, absurdamente limpa e organizada, e inexplicavelmente com um trânsito muito mais light que Toronto, apesar das vias estreitas (para quem, como nós, tem o referencial de Brasília, Ottawa parece uma cidade pequena).
Paramos no centro de informações turísticas em frente ao Parlamento para pegar alguns mapas e brochuras, e lá encontramos uma espécie de maquete, com a indicação de um "Boulevard da Confederação" (ou qualquer coisa do gênero), uma sugestão de roteiro a ser visitado, passando pelos prédios públicos que apresentam a história da constituição do Canadá como país.

Depois desse breve passeio de reconhecimento, fomos para o motel que o Cláudio nos havia indicado, em Rideau Heights. Ligamos pro Cláudio pra avisar que estamos em Ottawa e gostaríamos de encontrá-lo, e na outra manhã ele foi até o hotel para nos conhecer e dar algumas dicas.

Fizemos um belo passeio pelo canal Rideau, Parlamento, e toda a tal "Boulevard da Confederação", incluindo parte de Gatineau e os jardins do Rideau Hall - a residência oficial da Governadora Geral.

À noite, reencontramos o Cláudio que nos levou ao encontro do Maurício, Débora, a pequena Júlia, e a mãe da Débora. Jantamos todos juntos, foi muito bacana! Depois fomos até a casa do Cláudio, e conversamos bastante sobre a vida no Canadá e a experiência de imigrar.
Assim foi nossa passagem por Ottawa - uma cidade encantadora, e realmente atrativa. Além da beleza, organização, encantos da cidade em si, fomos muitíssimo bem recebidos pelo Cláudio, e ainda pudemos conhecer Maurício e Débora.
Na manhã seguinte tomamos a estrada em direção a Montreal, mas esse já é assunto para o próximo post.

Espera...

Amanhã completamos 17 meses de processo. Como o longo tempo sem postar deve denotar, andamos meio desanimados com toda essa demora.

Acompanhando outros blogs, já percebíamos que a demora só aumenta - o prazo médio, que já foi de 16 meses, agora é algo como 20 ou 22 meses. A notícia da mudança nas regras de imigração também nos deu a impressão de que muita gente vai passar na nossa frente na fila. Pra completar, o advento da crise mundial e a recessão pegando firme nos EUA (e por consequencia, certamente também no Canadá), me fez pensar que o Consulado pisaria no freio.

Ontem, comemoramos a solicitação dos exames médicos da Mariana. Ficamos felizes pelo progresso no processo dela, que acompanhamos pelo LáNoCanadá desde quando começamos a pensar em aplicar. Felizes também por perceber que o Consulado não está com o pé no freio, como eu imaginava. Isso é uma ótima notícia.

Nós aqui continuamos na longa e angustiante espera.