segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Montreal

Depois do agradável passeio por Ottawa, atravessamos a fronteira pra Quebec e seguimos em direção a Montreal.

Foram cerca de duas horas de estrada até a chegada na cidade, que nos deixou um tanto decepcionados. A chegada nos lembrou muito a entrada de Porto Alegre, com muitos viadutos bastante pichados e sujos.

Logo conseguimos chegar ao centro e encontrar um bom centro de informações ao turista. Após uma pequena espera fomos muitíssimo bem atendidos, e lá mesmo escolhemos e reservamos os motéis onde pernoitaríamos em Montreal e Quebec, nosso próximo destino.

O atendente nos dizia, lamentando, que essa não era a melhor época para nós visitarmos Montreal, porque segundo ele a cidade estava "muito parada, e vocês brasileiros adoram música, festa, agito". Apesar disso, resolvemos seguir os seus conselhos e dedicar nosso primeiro dia em Montreal a conhecer o centro histórico e o "latin quarter", uma espécie de bairro onde se concentram os restaurantes e bares da cidade, e a sua vida noturna.

A caminhada pelo centro histórico foi interessante, muito embora o tempo nublado não permitisse nenhuma "pintura" de foto. Depois de visitar a Notre Damme, passeamos por várias ruas aconchegantes e pelo porto, e resistimos aos convites dos condutores das muitas charretes que ofereciam um city-tour por $45.


Seguimos então para o Quartier Latin, e escolhemos um restaurante italiano simples, em que o dono figurava sorrindo em todas as muitas fotos com clientes famosos (como o brasileiro Romário) espalhadas pelo corredor.

Também ficamos um pouco decepcionados no Latin Quarter - talvez sejamos meio caretas, mas o povo por lá era cult demais pro meu gosto. Sem nenhum tipo de preconceito, só não era a nossa tribo.

Resolvemos voltar a pé até o centro, onde estava estacionado o nosso carro. Mais uma vez, nos decepcionamos com a cidade. Além de muitos bandos de moleques no auge da liberdade de expressão, gritando e brincando pela rua como se estivessem no pátio do colégio, e do festival de piercings, tatuagens e caras de poucos amigos, a cada 100 metros aparecia uma porta decorada em neon anunciando um casa de strip-tease. Nada contra o strip em si, ou contra as strippers, mas é inegável isso depõe contra a cidade.

Na manhã seguinte fomos até o Mont Real, de onde se pode ver boa parte da cidade depois de alguns minutos de caminhada morro acima. Nada muito encantador, a não ser pelo charme histórico do lugar que dá nome à cidade. Aprendemos que Montreal é uma ilha. Depois fomos à antiga Vila Olímpica, passando pelo Jardim Botânico.

Havíamos nos programado para ficar na cidade até o final desse segundo dia, mas ficamos com aquela sensação de "não temos mais nada pra fazer aqui". Decidimos então seguir para Quebec, e com sorte chegaríamos lá ainda antes de anoitecer.

Acho que já escrevemos em outro post que não gostamos de Montreal. Talvez porque alimentávamos grande expectativa, ou talvez porque não tivemos a oportunidade de encontrar anfitriões que nos mostrassem o melhor da cidade.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Ottawa

Voltando ao relato da nossa viagem de prospecção em setembro passado...

Depois de um dia explorando Mississauga, pegamos a estrada em direção a Ottawa. Seguindo a sugestão de um simpático vendedor da TheBay, pegamos um caminho "alternativo".


Eu estava convencido a comprar um GPS, já que gastaria quase a mesma coisa para alugar um por 8 dias. Como a Bay oferece um bom desconto a estrangeiros (acho que já comentamos em outro post), fui até lá depois de pesquisar um pouco. Para minha surpresa, o que custava na BestBuy $129, saía por $199 na TheBay. Tentei negociar com o vendedor sem nenhum sucesso, e quando eu ia saindo ele me perguntou para onde eu iria. Respondi "Ottawa. Por que, alguma sugestão?""Actually, yes" ele respondeu enquanto tirava de um armário um grande mapa rodoviário de Ontario e o abria sobre um balcão. Muito gentil, me sugeriu deixar a 401 para a viagem de volta, e aproveitar as belas paisagens em estradas secundárias que permeiam inúmeros lagos. Riscou sobre o mapa a rota sugerida, dizendo que também iria viajar por ali no final de semana, para aproveitar o cottage a beira de um daqueles lagos. Com o mapa na mão, desisti de comprar o GPS.

Saindo de Mississauga, seguimos pela 401 até Oshawa, depois pegamos a 115 (sentido norte) até Peterborough, e dali em diante a 7 até desembocar na 417 já perto de Ottawa.
Chegamos no meio da tarde e fomos direto ao centro da capital nacional. Ottawa nos surpreendeu demais. A cidade é linda, absurdamente limpa e organizada, e inexplicavelmente com um trânsito muito mais light que Toronto, apesar das vias estreitas (para quem, como nós, tem o referencial de Brasília, Ottawa parece uma cidade pequena).
Paramos no centro de informações turísticas em frente ao Parlamento para pegar alguns mapas e brochuras, e lá encontramos uma espécie de maquete, com a indicação de um "Boulevard da Confederação" (ou qualquer coisa do gênero), uma sugestão de roteiro a ser visitado, passando pelos prédios públicos que apresentam a história da constituição do Canadá como país.

Depois desse breve passeio de reconhecimento, fomos para o motel que o Cláudio nos havia indicado, em Rideau Heights. Ligamos pro Cláudio pra avisar que estamos em Ottawa e gostaríamos de encontrá-lo, e na outra manhã ele foi até o hotel para nos conhecer e dar algumas dicas.

Fizemos um belo passeio pelo canal Rideau, Parlamento, e toda a tal "Boulevard da Confederação", incluindo parte de Gatineau e os jardins do Rideau Hall - a residência oficial da Governadora Geral.

À noite, reencontramos o Cláudio que nos levou ao encontro do Maurício, Débora, a pequena Júlia, e a mãe da Débora. Jantamos todos juntos, foi muito bacana! Depois fomos até a casa do Cláudio, e conversamos bastante sobre a vida no Canadá e a experiência de imigrar.
Assim foi nossa passagem por Ottawa - uma cidade encantadora, e realmente atrativa. Além da beleza, organização, encantos da cidade em si, fomos muitíssimo bem recebidos pelo Cláudio, e ainda pudemos conhecer Maurício e Débora.
Na manhã seguinte tomamos a estrada em direção a Montreal, mas esse já é assunto para o próximo post.

Espera...

Amanhã completamos 17 meses de processo. Como o longo tempo sem postar deve denotar, andamos meio desanimados com toda essa demora.

Acompanhando outros blogs, já percebíamos que a demora só aumenta - o prazo médio, que já foi de 16 meses, agora é algo como 20 ou 22 meses. A notícia da mudança nas regras de imigração também nos deu a impressão de que muita gente vai passar na nossa frente na fila. Pra completar, o advento da crise mundial e a recessão pegando firme nos EUA (e por consequencia, certamente também no Canadá), me fez pensar que o Consulado pisaria no freio.

Ontem, comemoramos a solicitação dos exames médicos da Mariana. Ficamos felizes pelo progresso no processo dela, que acompanhamos pelo LáNoCanadá desde quando começamos a pensar em aplicar. Felizes também por perceber que o Consulado não está com o pé no freio, como eu imaginava. Isso é uma ótima notícia.

Nós aqui continuamos na longa e angustiante espera.