Há algumas coisas que me provocam certa insegurança (e acrescentam um tanto de graça) nesta aventura de imigração. Dentre elas, certamente a língua figura entre os principais obstáculos a quem deseja imigrar para o Canadá.
Como já disse no nosso primeiro post, um dos fatores que influenciaram na nossa escolha pelo Canadá como destino foi a língua oficial ser o inglês (pelo menos fora de Quebec). Isso porque, com mais de 8 anos de curso de inglês, considero meu nível de proficiência avançado.
Todavia, uma coisa é ter um nível avançado como um estrangeiro, alguém que é visto pelos native speakers como um interlocutor eventual, aquele cara que fala muito bem pra se virar no dia-a-dia.
Outra coisa, totalmente diferente, é ser absolutamente capaz de trabalhar em inglês. Digo, ter condições de argumentar, contrapor, discutir, vender. Aí o buraco é um pouco mais embaixo...
Tanto eu, que sou executivo de vendas, quanto a Fabiana, que é psicóloga, temos como essência das nossas profissões a comunicação. Portanto, se quisermos (e queremos!) atuar nas nossas profissões, desenvolver a mais absoluta fluência na língua é fundamental.
Por isso, retomei os estudos de inglês no ano passado, pois não praticava a língua desde 1995, quando terminei o curso do CCAA. Agora, com a necessidade de prestar logo o IELTS - pretendo fazê-lo no dia 20 de outubro - vou intensificar as aulas e apertar o método, direcionando os esforços para o exame.
Depois de obter a pontuação mínima para ser considerado high level pelo consulado (que é 7 em cada modalidade), vou continuar estudando especialmente acompanhando jornais e podcasts de Toronto.
Já a Fabiana não fala nada de inglês. Há alguns meses tentei começar a ensiná-la, mas definitivamente não tenho as qualidades pedagógicas necessárias. Melhor confiar essa árdua tarefa de ensinar a quem sabe fazê-lo: ela hoje está tomando aulas particulares duas vezes por semana, e está bem animada.
Como eu disse, não adianta acreditar que falar inglês é conseguir tirar um bom score no IELTS. Isso é só o começo, uma obrigação processual. Penso que deve sentir-se confortável quem pode abrir o site do Toronto Star todo dia e ler sem pestanejar as notícias do dia, ou escutar tranquilamente podcasts de lá entendendo cada palavra. Venho tentando isso, e me assusto a cada dia com a pobreza do meu vocabulário... hay que estudiar!
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6 comentários:
Nem me fale!
Acho que esse é um medo comum a todos nós, não? Quer dizer, quem trabalha com computador não deve ficar tão nervoso, mas o simples dia-a-dia no trabalho já é diferente do inglês pra turista.
Eu me formei em Direito aqui e, modéstia à parte, acho que me saí bem porque sei fazer boas peças, tenho boa argumentação jurídica, etc. Mas isso porque eu sei usar bem minha língua. Pretendo seguir nessa mesma área lá, mas tremo na base quando penso em defender uma causa em inglês, mesmo que isso signifique apenas a linguagem escrita! É assustador!
Quanto aos jornais, alguns realmente exageram nas inversões e vocabulários, mas outros são mais tranquilos... lá em casa nós lemos jornais virtuais e revistas em inglês, além de assistir a seriados e filmes em inglês sem legenda.
Por fim, mesmo depois de 11 anos de curso e mais um preparatório pro IELTS ano passado, volto semana que vem pra um curso de conversação e outro para melhorar a expressão escrita, pois quero me sentir mais segura.
Obstáculos fazem parte e tornam a conquista mais gostosa, não?
Boa sorte pra gente!
Camila.
Essa questão do idioma realmente é complicada. Eu que achava que tinha inglês fluente, precisei fazer 2 IELTS para conseguir a pontuação que precisava para meu processo, o que me fez aumentar a minha raiva com o ingles britânico e sua boca fechada.
Acabei de retornar do Canadá e fiquei feliz em saber que continuo entendendo e sendo entendido por todos como antes, por isso não se preocupe muito pois apesar de ser um obstáculo para o primeiro emprego, o idioma que já aprendemos está guardado na nossa memória esperando apenas a prática do dia-a-dia.
Abração
Oi Márcio,
Acabei de descobrir seu blog! ;)
Quando fui morar no Canadá (como estudante), tinha estudado inglês por toda a vida e já tinha terminado o último nível de inglês possível, que era o preparatório para o teste de proficiência da Universidade de Michigan (ECPE). Cheguei lá pra fazer Business English, achando que já dominava o idioma...
A decepção foi grande no início, pois ser fluente, falando como um nativo tava beeeeeeem longe da minha condição naquela época. Talvez (quase com certeza) eu seja meio perfeccionista, mas percebia claramente minhas dificuldades... Eu conseguia me comunicar, claro, mas não naturalmente, como eu esperava.
O grande salto no meu inglês se deu quando fui fazer um estágio full time, de 3 meses, numa empresa cheinha de falantes nativos. Depois disso, saí até dando pra enganar... hehehehe!
Bom, o que eu queria te dizer, é que é BEM diferente o nível do inglês que aprendemos aqui, do inglês que vamos precisar por lá. Mas é ótimo vc ter a consciência disso! Se daqui pra sua viagem vc puder praticar bastante a conversação e a escrita, ótimo! Um professor particular (ou mesmo um amigo) com um bom sotaque vai te ajudar!
De qualquer forma, passando as dificuldades dos primeiros meses, vc vai ficar bem feliz depois com seus progressos!
Abraços,
Mariana
Caros Márcio e Fabiana,
Muitíssimo obrigado por este blog. Depois que eu os encontrei aqui, me senti muito mais corajoso para trilhar este caminho!
Abraços sinceros,
William
Bom, eu estou pensando em morar la depois que eu terminar a minha faculdade de administração, vou me formar la pra 2014, no entanto, pretendo fazer um intercambio de idioma por la, meio do ano que vem, ou fim do ano, quem sabe.
Ingles eu não falo nada, mas eu escuto radios americanas pra entender algumas palavras, os sons delas e tal, assisto séries legendadas e tal.
Queria pedir opiniões de vocês sobre cursos de ingles no brasil, quais voces recomendariam, pra esse espaço de tempo?
Aguardo respostas,
vou ver se consigo ler toda a trajetoria de vcs...
Té mais e Boa Sorte ai pra vocês mais ainda...
Belo post.
Bem interessante.
Marco.
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